O número de mulheres que adotam o sobrenome do marido no casamento caiu mais de 86% na Bahia. A porcentagem é referente aos dados de 2022, conforme foi informado pela Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen-BA). Em 2002, quando o Código Civil vigente foi publicado, a maioria das mulheres que casavam no estado, adotavam o nome dos maridos. O índice chegou 63,53% naquele ano. Ao longo das décadas, a escolha caiu paulatinamente. Entre 2002 e 2010, a média de mulheres que escolhiam ter o sobrenome do marido era de 57,1%, quando na década seguinte, entre 2011 e 2020, este percentual passou a ser de 15,7%. Atualmente, a maior parte dos noivos (89,56%), homens e mulheres, escolhem seguir com os sobrenomes originais de suas famílias.
A Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen-BA) anunciou, nesta segunda-feira (30), que o estado registrou um aumento recorde de quase 67% em 2022 no número de pessoas que mudaram o nome e o gênero diretamente em cartório, sem a necessidade de procedimento judicial e nem cirurgia de redesignação sexual. De acordo com o G1, os dados compilados pela Arpen, entidade que reúne todos os 7.741 Cartórios de Registro Civil do Brasil, presentes em todos os municípios e distritos do país, mostram que no ano passado foram realizados 165 procedimentos de alteração de gênero na Bahia, número 66,7% maior que o verificado em 2021, quando ocorreram 99 mudanças. Se comparado ao primeiro ano do procedimento (2018), quando foram 21 atos, o crescimento é de 685,7%. A alteração passou a ser realizada diretamente em Cartório de Registro Civil, em 2018, ano em que passou a valer uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) regulamentada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).