Chegou ao fim, neste domingo (22), o estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), decretado em função da pandemia de Covid-19 no Brasil. A portaria com a decisão foi assinada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em 22 de abril, e previa prazo de 30 dias para que estados e municípios se adequassem à nova realidade. A decisão do governo brasileiro foi tomada com base do cenário epidemiológico mais arrefecido e o avanço da Campanha de Vacinação no país. Segundo o Ministério da Saúde, apesar da medida, nenhuma política pública de saúde será interrompida. “A pasta dará apoio a estados e municípios em relação à continuidade das ações que compõem o Plano de Contingência Nacional”, garantiu o governo.
No último sábado (21), a Polícia Militar publicou uma nota divulgando o apoio prestado por policiais militares da 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) a uma gestante no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto, em Brumado. A nota causou polêmica com a Secretaria Municipal de Saúde, que emitiu uma nota rebatendo a situação e confirmando a agilidade no atendimento à gestante no hospital. O secretário de saúde, Cláudio Feres, endossou atendimento rápido na unidade de saúde (veja aqui). Em entrevista ao site Achei Sudoeste, a Major Leila Silva, comandante da 34ª CIPM, relatou que os policiais estavam na unidade quando a parturiente chegou acompanhada da mãe, que estava muito aflita pedindo socorro. “De pronto, o policial militar foi ao veículo e deu assistência. Foi questão de pouco tempo, foi muito rápido o que aconteceu. Estávamos na porta do hospital. Como deixar de atender uma pessoa que estava em situação de aflição? A criança estava nascendo”, disse. Segundo a Major, o policial fez a manutenção da placenta e do cordão umbilical até o atendimento dentro do hospital. A comandante ainda fez questão de desfazer qualquer mal-entendido. “Em momento nenhum quando a PM, de forma muito orgulhosa, divulgou a ocorrência da qual fizemos parte teve o propósito de desmerecer os profissionais do hospital, nem mesmo de falar em negligência. Cumprimos apenas uma missão”, enfatizou.
Neste final de semana, policiais militares teriam auxiliado em um parto realizado no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (HMPMN), em Brumado, causando polêmica ao dar a entender suposta falta da assistência devida (veja aqui). Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres, disse que, da forma como a PM divulgou em nota ficou parecendo que o hospital negligenciou o atendimento (veja aqui). No entanto, o secretário refutou a versão de forma veemente. “Existe a versão de um, a versão do outro e a verdade. A paciente ganhou o neném em casa de parto natural. Os familiares levaram ela para o hospital. A mãe entrou para pegar uma cadeira de rodas, o policial escutou o pedido da mãe e foi ajudar. De imediato, a puérpera entra no hospital e é atendida pelo corpo de enfermeiras obstetras”, esclareceu. Conforme frisou, os policiais auxiliaram apenas a retirar a paciente do carro e conduzi-la à unidade de saúde. “Não houve demora. O atendimento foi rápido”, acrescentou. Para o secretário de saúde, a nota da PM foi mal redigida ou mal explicada.
O número de casos de Chikungunya estabilizou na cidade de Brumado. No entanto, ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres demonstrou preocupação com o crescimento da doença na zona rural. Juntamente com a coordenação de endemias, a secretaria realizará mutirões de combate ao mosquito aedes-aegpty nos locais de maior índice de infestação. “Estamos com alguns casos em Ubiraçaba, Itaquaraí, Umburanas, por isso, estaremos, nos finais de semana, realizando mutirões para fazer bloqueios nessas regiões”, adiantou. Feres voltou a alertar que, apesar do trabalho de combate realizado pela Sesau, o papel de evitar a disseminação do mosquito é de cada cidadão. “Não adianta ficar só cobrando do poder público, temos que fazer a nossa parte. Quem tem que tomar conta de sua casa e do seu quintal é você”, acrescentou.
A chegada das temperaturas mais frias e as constantes mudanças de tempo decorrentes destes períodos chuvosos, podem favorecer o aumento de infecções virais e doenças respiratórias. Entre elas, são comuns as conjuntivites virais - inflamação da conjuntiva aguda altamente contagiosa, geralmente causada por um adenovírus, e que está frequentemente associada com as contaminações das vias aéreas superiores, como gripe, resfriado, rinite, faringite, o que acaba facilitando o desenvolvendo da síndrome faringoconjuntival. De acordo com o oftalmologista, Breno Leão, apesar de ser mais transmissível, a conjuntivite viral é mais branda e sua sintomatologia costuma ser mais rápida do que a bacteriana. Segundo o médico, a forma de contaminação acontece através do ar ou por meio de objetos infectados. As manifestações clínicas mais comuns incluem olhos vermelhos e lacrimejantes, coceira, sensação de areia ou ciscos, pálpebras inchadas e grudadas ao acordar, secreção esbranquiçada e hipersensibilidade à luz. Para o especialista, a prática de hábitos saudáveis, a exemplo de manter as mãos bem higienizadas, é uma das principais medidas de prevenção para muitas doenças. Além disso, o uso de máscaras, sobretudo neste período, é uma medida efetiva para se evitar as doenças de vias respiratórias. “Com a proximidade do inverno, a mudança climática provoca alteração na imunidade e favorece a proliferação de diversos vírus e bactérias”, esclarece Leão, ressaltando ainda a importância de evitar compartilhar objetos como travesseiro, toalha, lençol e manter a distância de pessoas contaminadas. O diagnóstico da conjuntivite viral deve ser feito idealmente por um especialista da área no consultório oftalmológico, que utiliza um aparelho chamado lâmpada de fenda para detectar alterações conjuntivas que são típicas das infecções virais. "Com este aparelho conseguimos fazer uma análise mais aprofundada nas características da conjuntivite", explica Breno Leão. No entanto, o médico clínico ou pediátrico também é capaz de identificar a doença. Conforme o especialista, o tratamento inicial para alívio dos sintomas deve ser por meio do uso de colírio antiinflamatório e lubrificante, compressas com soro ou água gelada e higiene duas ou três vezes ao dia com sabonete neutro.
Levantamento feito pela InterPlayers, o hub de negócios da saúde e bem-estar, mostra que houve aumento médio de 97% na venda de antigripais no período de fevereiro/2021 a janeiro/2022 em comparação com os 12 meses imediatamente anteriores. De acordo com o Tribuna da Bahia, considerando apenas janeiro de 2022 ante janeiro de 2021, o avanço registrado foi de 94%. Todas as regiões tiveram aumento, sendo o estado de Santa Catarina, que na variação móvel (12 meses) foi o que mais contribuiu, com procura 167% maior. A procura por antigripais apresentou crescimento impressionante. Levantamento feito pela InterPlayers, o hub de negócios da saúde e bem-estar, mostra que, de fevereiro/2021 a janeiro/2022 a venda de remédios para combater gripes e resfriados cresceu, em média, 97% na comparação com os 12 meses imediatamente anteriores, ou seja, fevereiro/2020 a janeiro/2021. Considerando apenas janeiro de 2022 ante janeiro de 2021, o avanço registrado foi de 94%. Ainda de acordo com a pesquisa da InterPlayers, baseada em números do próprio banco de dados, a maior contribuição vem do estado de Santa Catarina, que na variação móvel (12 meses) apresentou procura 167% maior. O mesmo aconteceu em Paraná e São Paulo. O primeiro registrou variação anual de 137% e o segundo, 122%. Segundo informações do Instituto Butantan, casos de infecção pelo H3N2, um subtipo do vírus influenza A, espalharam-se pelo Brasil e se tornaram epidêmicos em vários estados, com aumento, inclusive, no número de hospitalizações. A instituição confirma que a baixa cobertura vacinal pode ter sido um dos motivos para o fenômeno fora de época. O objetivo da campanha de vacinação, entre abril e setembro, era atingir 90% do público-alvo. Mas apenas 72,1% procuraram os postos para receber a imunização. A nova campanha de vacinação disponível no sistema único de saúde conta com a Influenza trivalente contra cepas H1N1, H3N2 e tipo 2, produzida pelo Butantan.
Levantamento do Ministério da Saúde mostra que até a primeira semana de maio foram registrados quase 758 mil casos prováveis de dengue no Brasil, um aumento de 151,4% na comparação com o mesmo período de 2021. De acordo com o Brasil 61, a região Centro-Oeste foi a que teve a maior taxa de incidência da doença. E Brasília foi a cidade com maior número de adoecimentos: 37.856, uma taxa de incidência de 1.223,4 casos a cada 100 mil habitantes. Engana-se quem pensa que o mosquito da dengue gosta de água suja. As fêmeas preferem recipientes com água limpa que estejam em ambientes escuros. Segundo dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado pelos municípios e sistematizado pelo Ministério da Saúde, 42% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão em depósitos de água que servem ao consumo humano. Locais como caixas d’água, piscinas, eletrodomésticos, garrafas, fontes ornamentais e até mesmo objetos religiosos podem ser um depósito de ovos para a fêmea do mosquito da dengue. Muito relacionado a quintais e chácaras, os ovos do mosquito também podem se desenvolver em apartamentos. O último levantamento do Ministério da Saúde apontou também que depósitos móveis, fixos e naturais aparecem como segundo maior foco de procriação dos mosquitos, com 32%, enquanto depósitos de lixo têm incidência de 25%. O mosquito tem um ciclo de vida de mais ou menos 30 dias, desde a forma do ovo até a fase adulta. Uma fêmea tem capacidade de depositar até 1,5 mil ovos, mas não coloca todos de uma vez. Esses ovos podem ficar até um ano vivos à espera das condições de umidade e temperatura ideais para se desenvolver. Com baixa autonomia de voo (cerca de 200 metros), o mosquito tem circulação limitada mas com grande potencial de transmissão de dengue, zika ou chikungunya, caso haja doentes no local.
A secretaria de saúde (Sesau) negou, em nota enviada ao site Achei Sudoeste, neste domingo (22), as informações da Polícia Militar sobre o ocorrido com uma gestante que estava em trabalho de parto no estacionamento do Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (MNPMN), em Brumado, na madrugada deste sábado (21) (veja aqui). De acordo com a pasta, a gestante chegou na unidade de saúde às 00h59 e foi atendida às 01h10, 11 minutos após a admissão no pronto socorro, o que comprova um atendimento célere. Ainda de acordo com a Sesau, a paciente que, segundo relato da mesma, bem como do seu acompanhante, havia cursado com parto vaginal, ocorrido em domicílio por volta das 23h30 do dia 20/05/22. Na nota, a secretaria de saúde, disse que a gestante, contou com a ajuda dos policiais militares no deslocamento de seu veículo particular que estava no estacionamento do hospital até a ala da obstetrícia da unidade, o que ocorreu em poucos minutos. “Tão logo chegaram ao setor obstétrico, foram prontamente recebidos pela equipe de enfermagem obstétrica e então submetidas aos procedimentos de rotina pós-parto”, garantiu. Segundo a secretaria, a mãe e a recém-nascida, foram avaliadas e encontravam-se bem, sem sinais de comorbidades ou complicações decorrentes ao parto em domicílio. “As informações fornecidas para a imprensa foram completamente distorcidas, denegrindo o HMPMN bem como os profissionais de saúde envolvidos na ocorrência. A secretaria de saúde e os brumadenses reconhecem a competência e o compromisso dos colaboradores do HMPMN”. De acordo com a secretaria, de janeiro a abril de 2022 já foram registrados 284 partos na unidade, desses, 65,85% de partos normais e 34,15% de partos cesarianos. “Nosso compromisso é garantir uma saúde pública de qualidade aos brumadenses”, finalizou a nota.
O Hospital Regional de Brumado, registrou um aumento de mais de 100% nos casos de crianças com síndromes respiratórias, nos primeiros cinco meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2021. “Eu não tenho um número exato, mas com certeza é muito mais que 100% comparado ao ano de 2021. Os sintomas gripais, que chamamos de vias aéreas superiores, que são tosse, coriza, febre e cansaço”, disse o pediatra Tomaz Caíres. O que chama atenção do número de crianças atendidas com quadro de síndrome gripal, é a gravidade desses casos. “As crianças estão chegando com muita gravidade, com muita falta de ar, cansaço, algumas com insuficiência respiratória muito intensa e necessidade de leitos de UTI”, explicou o pediatra. Em outras cidades da região a situação não é diferente. Em Caetité, comparando maio de 2022 com o mesmo período de 2021, o aumento de síndrome respiratória, em crianças de até 12 anos, é de 350%.
Uma equipe médica do Paraná reportou a realização inédita no Brasil, em caráter de pesquisa, de uma sessão de Terapia Fotodinâmica Intraoperatória, junto à aplicação do corante 5-ALA, para o tratamento de um câncer cerebral grave. O procedimento promete diminuir os riscos do reaparecimento da doença, prolongando a vida de pacientes. Em resumo, o tratamento utiliza uma forte luz vermelha, por meio de um difusor, para causar uma reação fotoquímica onde o tumor estava, afetando células cancerígenas que permanecem no corpo após a cirurgia. O neurocirurgião Erasmo Barros Júnior foi um dos médicos que participou do primeiro procedimento realizado no Brasil. O tratamento reportado pela equipe dele foi realizado na primeira quinzena de maio, no Instituto de Neurologia (INC), em Curitiba. A aplicação é feita com a cavidade cerebral do paciente aberta, logo após a cirurgia para a remoção do câncer. “O objetivo é neutralizar as células cancerosas residuais que ainda existem. Após essa etapa, que aumenta em uma hora o tempo operatório, a cirurgia é finalizada com o fechamento, conforme a rotina”, explica o médico ao G1. Internacionalmente, esta terapia fotodinâmica é conhecida pela sigla PDT. Segundo Barros Júnior, a efetividade do tratamento se dá a partir do PDT, somado ao corante 5-ALA, abreviação da substância chamada Ácido Aminolevulínico. Segundo o neurocirurgião, atualmente, este tipo de procedimento “casado” é realizado apenas na Alemanha e também na França, onde o PDT foi iniciado, em 2017. Mundialmente, a comunidade médica estima que 4,7 pessoas a cada 100 mil habitantes são acometidas por câncer cerebral grave. Segundo Barros Júnior, este tipo de tumor costuma atingir mais homens. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Paraná, indicam que em 2020, a taxa estimada para diagnósticos de câncer cerebral em 2020 ficou em 6,12 casos para cada 100 mil homens. Para mulheres, foram 4,92 casos a cada 100 mil.
A família de um bebê de dois meses faz um apelo para conseguir um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Itabuna, no sul da Bahia. Theodoro Lima estava com suspeita de gripe e foi diagnosticado com bronquiolite, doença que dificulta a respiração. Theodoro Lima foi atendido no Hospital Manoel Novaes, na sexta-feira (14). Segundo a família, o diagnóstico ocorreu depois de algumas idas e vindas do bebê à unidade. “Theodoro precisa de uma UTI, ele está com desconforto respiratório, está com capacete de oxigênio e eu não sei mais o que fazer para conseguir o leito”, disse a mãe do bebê, Mariana Lima Andrade, ao G1. Segundo a assessoria do Hospital Manoel Novaes, o bebê vem sendo assistido pela equipe multiprofissional da unidade - no pronto atendimento - e tem recebido todos os cuidados necessários para o quadro de saúde dele. A unidade não tem leitos de UTI e nem enfermaria disponíveis. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que o bebê foi para a lista de regulação do plano de saúde, e não do estado. A mãe de Theodoro disse que uma assistente social entrou em contato e afirmou que foi encontrada uma vaga num hospital em Vitória da Conquista, na região sudoeste. No entanto, não informou quando a transferência vai acontecer. O plano de saúde Planserv já tinha informado que a rede prestadora havia sido acionada, e que estava em busca de uma vaga de UTI pediátrica para o bebê.
Pessoas não vacinadas que foram infectadas com a variante ômicron não desenvolvem respostas imunes efetivas que as protejam contra outras variantes do coronavírus, sugere um novo estudo publicado na Nature nesta quarta-feira (18). A descoberta foi feita quando os pesquisadores analisaram amostras de sangue de camundongos infectados com uma cepa do vírus que não contém mutações importantes (WA1) e também com as variantes delta e ômicron. Eles observaram, então, que a infecção pela ômicron gerou uma resposta imune reduzida quando comparada com uma infecção por WA1 e pela variante delta. Sete dias após a infecção desses camundongos, os pesquisadores testaram suas amostras de sangue e perceberam que aqueles que foram infectados pela ômicron induziram somente a neutralização do vírus da própria variante. Já aqueles com a delta apresentaram uma neutralização efetiva contra o WA1, as variantes alfa, beta e delta, e alguma neutralização contra ômicron. Depois disso, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de dez indivíduos não vacinados que se recuperaram da ômicron. Da mesma forma que aconteceu com os camundongos, essas amostras mostraram uma neutralização somente contra a variante ômicron. Já as amostras de pessoas que foram vacinadas e que haviam sido infectadas pela ômicron ou pela delta mostraram altas taxas de neutralização para todas as amostras dos vírus isolados. “Nossos resultados demonstram que a infecção pela ômicron aumenta a imunidade preexistente induzida por vacinas, mas, por si só, pode não conferir ampla proteção contra variantes não-ômicron em indivíduos não vacinados”, argumentam os pesquisadores no estudo. Segundo a publicação, indivíduos vacinados que foram posteriormente infectados com a ômicron apresentaram uma imunidade contra outras variantes.
Maio é o mês de conscientização do câncer bucal e no próximo dia 31 se comemora o Dia Mundial de Combate a esse tipo de câncer. A data, criada conjuntamente com o Dia Mundial Sem Tabaco, foi instituída pela Organização Mundial de Saúde para conscientizar a população sobre as doenças e danos à saúde causados pelo cigarro. De evolução silenciosa, o câncer de boca costuma ser diagnosticado tardiamente e é responsável por mais de seis mil óbitos por ano no Brasil. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 15.190 novos casos de câncer de boca e orofaringe devem ser diagnosticados no Brasil em 2022, sendo 11.180 em homens e 4.010 em mulheres. “O tabagismo pode aumentar em até dez vezes a possibilidade de uma pessoa desenvolver um câncer na boca e na cavidade oral”, explica o oncologista, Eduardo Moraes, do NOB Oncoclínicas. “Se além de fumar, o indivíduo também consumir álcool esse risco é elevado exponencialmente”, acrescenta o especialista. Outro fator de risco para desenvolvimento desse tipo de tumor é a má higiene bucal. No caso do câncer de orofaringe (cavidade oral logo atrás da boca), a infecção por HPV também é um fator de risco importante. Aftas ou feridas na boca que não cicatrizam, dificuldade para mastigar ou engolir alimentos, caroços ou inchaço na bochecha, nódulos na garganta, manchas vermelhas ou brancas na cavidade bucal são alguns dos sintomas que podem estar associados à doença e devem ser investigados. O especialista chama a atenção: “qualquer lesão na boca que persista por mais de duas semanas deve ser avaliada por um médico ou dentista”. Quando diagnosticado e tratado precocemente, esse tipo de tumor pode ter até 90% de chance de cura.
Dezenove municípios baianos participam da terceira edição da SB Brasil – Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, que pretende identificar as condições de saúde bucal mais prevalentes na população brasileira e subsidiar políticas públicas. O levantamento é realizado pelo Ministério da Saúde e será feito até junho. No total, a pesquisa vai coletar dados da população em 422 municípios de todo, sendo 19 na Bahia. De acordo com o Ministério da Saúde, a SB Brasil é o maior estudo sobre as condições de saúde bucal da população brasileira e, neste ano, será realizado com 50 mil pessoas. Nesta primeira etapa, os profissionais da Atenção Primária à Saúde Bucal passarão de porta em porta para convidar a população para a pesquisa e coletar dados socioeconômicos, por meio de questionário. O Ministério destaca a importância da participação popular, e cada participante que tem algum problema bucal detectado, já é encaminhado para a unidade odontológica. De acordo com o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente, a pesquisa deve gerar um retrato da situação sobre a região Nordeste. “Serão cerca de 17 mil pessoas que serão visitadas na região. A participação é importante para o Ministério conhecer melhor a saúde bucal da população. O nosso compromisso é garantir o acesso de toda a população brasileira ao serviço odontológico”, disse. Após o mapeamento da população, haverá uma fase de avaliação da saúde bucal com um exame físico, de pessoas das seguintes idades: 5 anos, 12 anos, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos. Além disso, também serão verificados dados sobre a necessidade de tratamento dentário, urgência de tratamento e de próteses dentárias. Confira os municípios que participam da pesquisa: Belo Campo, Camaçari, Canudos, Cordeiros, Eunápolis, Feira de Santana, Guanambi, Itabuna, Itamari, Jaguaquara, Livramento de Nossa Senhora, Morro do Chapéu, Paulo Afonso, Prado, Salvador, Saubara, Teixeira de Freitas, Valença e Vitória da Conquista.
O Laboratório Central de Saúde Pública do estado da Bahia (Lacen/BA) está com desabastecimento de insumos para realizar a sorologia da dengue e da chikungunya, além da falta dos reagentes para os exames de RT-PCR que detectam simultâneamente a zika, dengue e chikungunya (ZDC). Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), o Comitê Gestor de Recursos Laboratoriais (CGLab) atribuiu essa falta à guerra na Ucrânia, além do lockdown na Ásia por causa da pandemia da Covid-19. A matéria-prima dos insumos é produzida na Ásia. Não há previsão de fornecimento de alguns tipos de insumos necessários para a realização dos testes. Os testes para as arboviroses causadas pelo mosquito aedes aegypti podem ser feitos por meio de exames de sorologia ou teste PCR. A Sesab afirma que, apesar do desabastecimento, o estado ainda registrava, nesta segunda-feira (16), alguns kits de testes no estoque como por exemplo, os sorológicos, anticorpos IgM do vírus da dengue, com seis kits (96 cada totalizando 576 testes). Ainda segundo a Sesab, o estado contabilizou no estoque seis kits de insumo enviados pelo Ministério da Saúde e sem previsão de nova remessa de anticorpos IgM do vírus chikungunya, mas não há detalhes do número total de testes. Não há restrição de insumos, apenas, para os anticorpos IgM do vírus zika e antígeno NS1 da dengue. Nesta segunda, a Bahia também contava com testes moleculares, testes multiplex para detecção de dengue, zika e chikungunya (cerca de 400 testes no laboratório), além de protocolos in house para RT-PCR single de dengue, zika e chikungunya. Desses, são cerca de 500 reações para detecção de cada vírus, porém não há enzima master mix em estoque e a falta dessa enzima inviabiliza a realização do RT-PCR.
O coordenador de endemias na Vigilância Epidemiológica Municipal de Brumado (Vigep), Fábio Azevedo, disse que o carro fumacê liberado pelo Governo do Estado para combate ao mosquito aedes aegypt é apenas um paliativo. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele explicou que o inseticida dispensado pelo carro mata apenas os alados, mas as larvas do mosquito continuam nos reservatórios. “Todo dia tem novos ovos eclodindo, tem pulpa no criadouro, então a eficácia do combate às arboviroses é o tratamento focal nas casas”, destacou. Por isso, Azevedo alertou a comunidade para a importância de receber os agentes em suas residências e de realizar os cuidados necessários para impedir a proliferação do mosquito. “O cidadão tem que estar ciente disso: só UVB não resolve, o agente tem que entrar na casa e eliminar possíveis criadouros. Precisamos do grande apoio da população porque o agente só fica 15 minutos dentro de sua casa”, reiterou.
Uma moradora de Itanhanhém, em São Paulo, descobriu que estava grávida de uma maneira diferente. Ela procurou atendimento médico porque reclamava de muitas dores nas costas e constatou que gestava um bebê há pelo menos 8 meses. O caso aconteceu com a dona de casa Eliane Santana, de 39 anos, foi até o hospital municipal da cidade para passar por consulta com o clínico geral e saiu de lá com um encaminhamento para a maternidade. “Como eu estava com muita dor do lado esquerdo [nas costas], fui ao clínico geral. [Na unidade de saúde] eles pediram um raio-x e, pelo exame, descobriram que eu estava grávida. Me encaminharam para a maternidade para ver se estava tudo bem, até porque grávida não pode fazer raio-x”, afirmou a mulher ao G1. De acordo com Eliane, os profissionais que a atenderam disseram que nem todas as gestações apresentam sintomas. “Me falaram que cada mulher e gravidez é de um jeito. Umas têm enjoos e outras não. Eu não tive sintoma. O bebê está na parte de trás, perto da costela. Por isso não tive barriga e sinto dor nas costas”. Apesar do ocorrido, ela não é mãe de "primeira viagem". Nas outras gestações, lembrou a dona de casa, os sintomas de gravidez foram comuns. . “Não tive barriga nenhuma. Tudo diferente das outras gravidezes. Minha filha mais velha tem 24 anos”. Quando nascer o menino vai receber o nome de Mikael Ravi, definiu.
Coordenador de endemias na Vigilância Epidemiológica Municipal (Vigep), Fábio Azevedo disse que a pandemia contribuiu para o atual surto de arboviroses registrado em Brumado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele explicou que as pessoas tinham medo de receber os agentes de endemias em suas residências e isso afrouxou os cuidados necessários para prevenir o aparecimento de focos do mosquito aedes aegypt. Hoje, a cidade possui 1693 casos confirmados de chikungunya - no ano passado, foram apenas 3 casos da doença -, e 247 de dengue. A situação é tão delicada que Brumado é o quinto município do país com mais casos de chikungunya. “Tudo isso em decorrência do aumento do mosquito. O mosquito ficou esquecido por dois anos pelo pavor que o cidadão estava da Covid-19”, afirmou. O coordenador também destacou que a Vigep irá intensificar o trabalho de combate ao aedes aegypt com a aplicação de um novo produto, muito mais eficaz, nas residências.
O Ministério da Saúde vai extinguir a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid) a partir do dia 22 de maio. A data marca o fim do prazo para que entre em vigor medida que declara o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin). A Secovid foi criada há um ano para concentrar os esforços no combate ao coronavírus. A extinção da secretaria é mais um passo no conjunto de mudanças promovidas pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, após pressões do presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo “fim da pandemia”. Com o fim da Secovid, outras secretarias da pasta vão absorver as ações de combate ao coronavírus, que farão parte da rotina do ministério. Na prática, muitas dessas operações já eram compartilhadas com outras secretarias do órgão. Os funcionários da Secovid também serão realocados em outras áreas.
Sociedades médicas brasileiras esperam que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decida ainda este ano manter proibida a importação e venda de cigarros eletrônicos no Brasil. Em 2009, a agência publicou resolução proibindo os chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), que agora passam por processo de discussão e atualização de informações técnicas. A Anvisa está na fase da Tomada Pública de Subsídios, aberta a receber informações técnicas a respeito dos cigarros eletrônicos. “Esperamos que até o fim do ano tenhamos essa decisão. Mas o nosso papel agora é entregar à Anvisa todas as evidências científicas comprovando os malefícios do cigarro eletrônico”, disse Ricardo Meirelles, da Associação Médica Brasileira (AMB). A AMB, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), têm se unido em torno da proibição do comércio dos cigarros eletrônicos. Essas entidades alertaram a Anvisa sobre os prejuízos desse aparelho e têm lutado contra a informação falsa dos fabricantes, que afirmam que o cigarro eletrônico é alternativa mais saudável ao cigarro convencional. “Vários estudos comprovam que os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) causam danos à saúde. Eles podem causar irritação brônquica, inflamação em quem tem doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc). Essas pessoas não podem usar o cigarro eletrônico de maneira nenhuma”, afirmou Meirelles. Esse tipo de cigarro, chamado de vapers pelos fabricantes, na intenção de desassociar à figura do cigarro, contém uma série de substâncias nocivas e cancerígenas. Eles trazem, em sua composição, substâncias como nicotina, propilenoglicol e glicerol, ambos irritantes crônicos; acetona, etilenoglicol, formaldeído, entre outros produtos cancerígenas e metais pesados (níquel, chumbo, cádmio, ferro, sódio e alumínio). Para atrair consumidores, são incluídos aditivos e aromatizantes como tabaco, mentol, chocolate, café e álcool.
Das 5.570 cidades no Brasil, Brumado é a quinta colocada com mais registros de casos prováveis de chikungunya em 2022, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). Até a semana epidemiológica 17, encerrada em 30 de abril, Brumado registrou, de acordo com o MS, 1789 casos da arbovirose, ocupando, portanto, a quinta colocação nacional. Os dados do MS são divergentes da Secretaria de Saúde (Sesau) e da Vigilância Epidemiológica (Vigep), que confirmaram 1.693 casos (veja aqui). O Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (HMPMN) realiza mais de 100 atendimentos diários de casos suspeitos de arboviroses, os quais não estão sendo informados para notificação da Vigep. Isso, certamente, elevaria o número de confirmados com as doenças transmitidas pelo mosquito aedes-aegypti. De acordo com o jornal Folha de Pernambuco, as três primeiras colocadas no ranking nacional de casos são do Ceará: Juazeiro do Norte (3.926 casos), Fortaleza (2.362 casos) e Crato (2.243 casos). Das 10 primeiras, oito são do Nordeste. As 10 cidades do Brasil com mais casos de chikungunya até 30 de abril de 2022: 1. Juazeiro do Norte (CE) - 3.926; 2. Fortaleza (CE) - 2.362; 3. Crato (CE) - 2.243; 4. Salgueiro (PE) - 2.164; 5. Brumado (BA) - 1.789; 6. Barbalha (CE) - 1.678; 7. Petrolina (PE) - 1.555; 8. Macarani (BA) - 1.065; 9. Montes Claros (MG) - 1.063; 10. Luziânia (GO) - 1.045. A arbovirose é transmitida pela picada de fêmeas infectadas do mosquito do gênero Aedes - a chikungunya costuma evoluir em três fases. Na primeira, chamada de febril ou aguda, o quadro costuma durar de cinco a 14 dias. A fase pós-aguda pode decorrer ao longo de três meses. Já a crônica é considerada quando os sintomas persistem por mais de três meses após o início da doença. Em mais da metade dos casos, segundo o Ministério da Saúde, as dores nas articulações tornam-se crônicas, podendo persistir por anos. Os sintomas clínicos da doença são febre, dores intensas nas articulações, dor nas costas, dores pelo corpo, erupção avermelhada na pele, dor de cabeça, náuseas e vômitos, dor retro-ocular, dor de garganta e calafrios. Há também o registro de diarreia e/ou dores abdominais - as manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças. O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas. Até o momento, não há tratamento antiviral específico. A terapia utilizada é analgesia e suporte.
O boletim epidemiológico de arboviroses aponta 2.335 notificações em Brumado, sendo 05 do zika vírus, sem nenhuma confirmação, 308 notificações para dengue, com 245 confirmações. A chikungunya registra um quadro elevado com 2.022 notificações, das quais 1.693 foram confirmadas. 131 amostras suspeitas das patologias ainda estão em investigação. Segundo apurou o site Achei Sudoeste, a passagem dos carros fumacê freou o avanço do contágio no município, porém a Secretaria de Saúde (Sesau) e a Vigilância Epidemiológica (Vigep) acreditam que os números relatados não retratam a realidade, uma vez que há centenas de casos subnotificados, que é quando a pessoa infectada não comparece ao laboratório para testes de sorologia. Desde a segunda quinzena de abril, a Sesau observa uma queda acentuada nas notificações, o que reflete a eficácia do bloqueio geral através das operações de combate ao aedes-aegypti. No entanto, a Vigep mantém a comunidade em alerta para continuarem na vigilância dos reservatórios de água e qualquer objeto nos quintais que possam acumular água. Em 2020, Brumado registrou quase 1000 confirmações de dengue. Naquela ocasião, o avanço do contágio também só foi contido após a passagem do carro fumacê pelo município. Esse ano está sendo registrado o maior e pior período de contágio de chikungunya na história da cidade. Obedecendo o ciclo de intervalo de dois anos, a Vigep prevê uma nova elevação de contágio em 2024.
O número de pessoas com planos de saúde no Brasil chegou a 49.074.356 em março de 2022, um aumento de 2,6% em relação a março de 2021. Os dados foram divulgados na sexta-feira (6) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As informações são da Agência Brasil. O crescimento de usuários de planos exclusivamente odontológicos foi ainda maior. No mesmo período, foi registrado um aumento de 7,62%, chegando a 29.357.656 pessoas. De acordo com a ANS, os dados demonstram que o setor de assistência médica suplementar continua aquecido. Desde julho de 2020, quando o número de usuários era de 46.821.928, o aumento da adesão tem sido contínuo. Sobre a utilização dos planos de saúde, o Boletim Covid-19, que traz informações sobre comportamento do setor de assistência médica suplementar durante a pandemia, mostra que a ocupação de leitos destinados ao tratamento da doença em março sofreu queda em relação a fevereiro, passando de 58% para 44%. A realização de exames para a detecção de covid-19 teve um aumento significativo em janeiro deste ano, por conta da variante Ômicron. Neste mês, o número de exames do tipo RT-PCR foi de 975.017, o maior desde o início da pandemia.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) economiza até 60% em recursos de medicamentos, em relação aos preços do mercado, conforme um estudo realizado pelo farmacêutico estadual Neemias Santana de Oliveira, sobre o mercado regulador de medicamentos. A pesquisa resultou na tese de mestrado defendida na Universidade Estadual da Bahia (Uneb): “Regulação econômica de medicamentos: análise comparativa entre preços teto e preços praticados nas compras de medicamentos do Governo do Estado da Bahia”. Por ano, a Sesab movimenta mais de R$ 356 milhões em compras de medicamentos. A Superintendência de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde (Saftec) que operacionaliza as aquisições realizou uma economia de até 60% no comparativo com os preços da Câmara de Regulação de Medicamentos (CMED), que é um órgão vinculado à Anvisa e tem em seu conselho membros dos ministérios da Saúde e da Economia. “A metodologia para a formação de preços da CMED precisa ser reformulada urgentemente. Ela foi criada por Lei em 2003, para assistência farmacêutica. Mas o que se percebe é que, atualmente, ela atende muito mais aos interesses da indústria farmacêutica que dos gestores do SUS. A fórmula que ajusta os preços precisa ser revista”, enfatiza o Neemias Oliveira. Caso a Sesab tivesse adquirido os 56 medicamentos do componente especializado pelo valor máximo da CMED, haveria um acréscimo de 606%, saindo de R$ 55. 2 milhões para R$ 389,9 milhões. A CMED atua Regulação do mercado farmacêutico, estabelecendo preços máximos de comercialização para o consumidor e para os governos nas licitações públicas e nas aquisições via ações judiciais. Já as aquisições da Sesab em relação ao Banco de Preços em Saúde (BPS), que é um sistema do Ministério da Saúde no qual disponibiliza uma média dos valores praticados em licitações públicas de diferentes estados, o desconto médio para o estado da Bahia foi de 5,9%. “A Bahia trata os recursos públicos com austeridade, otimizando-os ao máximo. E assim conseguimos fazer mais com menos, adquirindo mais medicamentos e atender mais baianos”, afirma o superintendente da Saftec, Luiz Henrique d’Utra.
O Ministério da Saúde anunciou que o número de casos suspeitos da hepatite de origem desconhecida em crianças investigados no Brasil passou de sete para 16 nesta segunda-feira (09). De acordo com a Revista Veja, a doença tem sido investigada em países da Europa e nos Estados Unidos, mas a causa ainda não foi descoberta. No Brasil, estão sendo monitorados seis casos em São Paulo, cinco no Rio de Janeiro e dois no Paraná. Os outros três casos estão sendo analisados nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Pernambuco. No Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado da Saúde emitiu um alerta para os 92 municípios sobre a hepatite aguda grave na última sexta-feira, 6, quando informou que seis casos da doença eram apurados e que a morte de um bebê de 8 meses, que morava no município de Maricá, estava sendo investigada. Segundo o ministério, os Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar (Renaveh) estão monitorando alterações do perfil epidemiológico e a detecção de casos suspeitos da doença. A orientação da pasta é que qualquer suspeita deve ser notificada imediatamente pelos profissionais de saúde. Os primeiros registros da hepatite fulminante em crianças foram feitos em países europeus e se concentravam principalmente no Reino Unido. Segundo balanço divulgado pela OMS na semana passada, há, ao menos, 228 registros da hepatite misteriosa e uma morte no mundo. Em levantamento do dia 25 de abril, foram reportados 17 casos de crianças que precisaram fazer transplante de fígado. A entidade investiga a relação dos casos com o adenovírus, que causa doenças gastrointestinais e respiratórias. Há suspeitas de que o subtipo 41, que causa gastroenterites, seja o causador da doença, mas a OMS apura ainda se substâncias tóxicas, medicamentos, agentes ambientais têm ligação com o problema.