Em abril deste ano, pontos de borra preta foram observados nas margens da Barragem de Ceraíma, localizada na zona rural de Guanambi. Na época, a suspeita era de que o barramento havia sido contaminado com ferro. Ao site Achei Sudoeste, Marco Antônio, popular Bilodo, presidente da Cooperativa dos Irrigantes de Ceraíma, informou que, após as denúncias, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema) colheu amostras do material no local e, em laudo divulgado nesta semana, constatou-se que há alto índice de ferro e alumínio na barragem. Preocupado, visto que várias cidades, povoados e distritos rurais da região são abastecidos através do manancial, Bilodo cobra soluções para o problema, que é de saúde pública. “O problema está aí, quero ver o que vão fazer. Mais pra frente as consequências vêm. Várias cidades e povoados são atendidos com a água de Ceraíma, será que um problema desse faz bem pra saúde da gente?”, indagou.
Embora exista uma barragem de rejeito nas proximidades, entre os municípios de Caetité e Pindaí, pertencente à Bahia Mineração (Bamin), a qual realiza extração de ferro na região, o presidente não quis atribuir nenhuma responsabilidade para a empresa. Para ele, o próprio Inema é quem deve apontar de onde a contaminação da barragem partiu. “Não posso responsabilizar ninguém. Eles, o pessoal do Inema, é que têm que explicar”, pontuou. Vale salientar que o Governo Federal investiu mais de R$ 20 milhões para criação e implementação do Perímetro Irrigado de Ceraíma, que também utiliza a água da referida barragem. Povoados e distritos rurais da região são abastecidos através do manancial, entre os quais Ceraíma, Morrinhos, Caetité, Lagoa Real, Pindaí e parte de Guanambi. Em nota enviada para nossa reportagem, a Bamin esclareceu que não possui barragem de rejeitos em suas operações. “O projeto Pedra de Ferro utilizará disposição de rejeitos a seco”. De acordo com a empresa, após a inspeção do Inema, no dia 29 de abril, na barragem de Ceraíma, localizada a cerca de 30 km da Mina Pedra de Ferro, nenhuma irregularidade foi encontrada. A Bamin ressaltou que monitora rigorosamente e periodicamente a qualidade das águas, incluindo controle de alterações químicas e biológicas de sua área de influência, para garantir a integridade ambiental do local. A entrevista completa será exibida no Programa Achei Sudoeste no Ar, às 17h, através das rádios: Cultura FM 94,7 (Guanambi), Portal Sudoeste 104,3 (Livramento de Nossa Senhora) e Nova Vida FM (Brumado).
Uma espécie de borra preta identificada na Barragem de Ceraíma, na zona rural de Guanambi, tem preocupado a população. Ao site Achei Sudoeste, Marco Antônio, popular Bilodo, presidente da Cooperativa dos Irrigantes de Ceraíma, relatou que, no final do ano passado, em visita ao local, os pontos de borra preta foram observados nas margens do barramento. Antônio disse que a situação é preocupante, visto que várias cidades, povoados e distritos rurais da região são abastecidos através da Barragem de Ceraíma, entre os quais Ceraíma, Morrinhos, Caetité, Lagoa Real, Pindaí e parte de Guanambi. Além disso, Bilodo frisou que o Governo Federal investiu mais de R$ 20 milhões para criação e implementação do Perímetro Irrigado de Ceraíma. “Estamos preocupados porque a gente não sabe o que isso quer dizer. Tudo indica que é ferro porque fizemos um teste aqui com imã e o imã puxou esse material. Estamos consumindo essa água e é muito preocupante para a saúde humana e para o futuro do projeto do perímetro irrigado”, afirmou. O material colhido na barragem já foi encaminhado ao Inema, mas, segundo Marco Antônio, não houve até o momento nenhum tipo de resposta acerca dos resultados da análise. O presidente salientou que existe uma barragem de rejeito nas proximidades, entre os municípios de Caetité e Pindaí, pertencente à Bahia Mineração, a qual realiza extração de ferro na região. “Não estamos confirmando nada, apenas suspeitando. Antes ninguém via isso, só depois que começaram a explorar o ferro que está acontecendo. Os órgãos e autoridades vão ter que investigar. Dependemos dessa água, estamos muito preocupados”, asseverou.
As boas chuvas que caem na região contribuíram para abastecer os mananciais na cidade de Guanambi. A Barragem do Poço Magro chegou a 100% de sua capacidade, ou seja, 37 milhões de m³; já a Barragem de Ceraíma alcançou 39,41 milhões de m³, totalizando 77% de sua capacidade máxima. Ao site Achei Sudoeste, Hudson Faria, chefe do escritório de apoio técnico da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Guanambi, afirmou que as chuvas, registradas desde o mês de dezembro do ano passado, conseguiram reverter a crise de abastecimento no município. “Hoje estamos comemorando. Nessa madrugada a Barragem do Poço Magro verteu, sangrou como o pessoal costuma falar. Foi muito bom. Estamos recuperando o volume desses barramentos”, destacou. Antes do período chuvoso, Faria disse que a situação era muito crítica nas barragens da cidade. Para se ter uma ideia, na medição feita em 29/12/23, o volume de água na Barragem do Poço Magro era de 16,54 milhões de m³, bem abaixo da sua capacidade. Ela recebeu mais de 20 milhões de m³ de água com as chuvas recentes. “Foi uma recuperação em termos de lâmina d’água de 3,86 m em quase 60 dias”, detalhou. Com relação à Barragem de Ceraíma, em 22/12/23, o volume de água no barramento era de 25,328 milhões de m³. Com as chuvas, o manancial recebeu mais de 14 milhões de m³ de água no período e, em termos de lâmina d’água, 3,90 m. A promessa, segundo Hudson, é de que a produtividade rural seja retomada com grande expectativa. “Será um ano muito bom para agricultura”, avaliou.
Segundo dados oficiais disponibilizados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Guanambi, antes do período das chuvas, em 22/12/2023, a Barragem de Ceraíma tinha 25,328 milhões de m³ de água. Após o período chuvoso, medição feita nesta sexta-feira (16) revelou que a cota subiu para 36,522 milhões de m³. O reservatório, que é a principal reserva para os produtores locais, teve um aumento de 11,2 milhões de m³, o que correspondente a 3,16 m de lâmina d’água. A barragem tem capacidade total de 51 milhões de m³. O secretário municipal de Agricultura, Vanderlei Florêncio, espera que a Embasa deixe de utilizar a água da barragem e siga utilizando a adutora para abastecer outras cidades. “Não podemos correr o risco novamente de ver a barragem colapsar na sua capacidade de armazenamento”, afirmou.
As chuvas dos últimos dias fizeram com que a Barragem de Ceraíma, em Guanambi, na região sudoeste da Bahia, ganhasse um volume considerável de água. Segundo o diretor do escritório local da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Hudson Faria, em averiguação realizada às 8h desta segunda-feira (29) constatou-se que a barragem subiu 1 metro e 78 centímetros, superando os 61% de sua capacidade. De 22/12/23 a 29/01/24, o barramento ganhou 6 milhões de metros cúbicos, faltando ainda 5 metros para que possa chegar até o seu vertedouro lateral. O secretário municipal de agricultura, Vanderlei Florêncio, disse que agora a Embasa terá de usar a adutora do algodão para abastecer as cidades. “Estou junto com o prefeito nesta luta, pois, se baixarmos a guarda, a Embasa seguirá utilizando a água da barragem e deixando de lado a adutora do algodão. Seguiremos lutando”, garantiu. O prefeito Nal Azevedo comemorou o aumento da capacidade da barragem para maior segurança hídrica dos colonos de Ceraíma no próximo período de seca. Antes do período chuvoso, a barragem desceu até perto de 50% de sua capacidade, o que gerou enorme preocupação dos colonos do distrito irrigado de Ceraíma.
Nesta terça-feira (16), o prefeito de Guanambi, Arnaldo Pereira de Azevedo (Avante), o Nal, se reuniu com o secretário municipal de agricultura, Vanderlei Florêncio, e com o presidente da Cooperativa Agrícola de Irrigação do Projeto de Ceraíma, Marco Antônio Fraga da Silva, para tratar da diminuição da vazão do reservatório da Barragem de Ceraíma. O manancial está com 50% de sua capacidade total, com 25,1 milhões de m³. No encontro, o líder cooperativista afirmou que a diminuição se deve ao fato de que a Embasa continua utilizando a água da barragem para abastecimento de muitas cidades, as quais deveriam ser abastecidas pela Adutora do São Francisco. O secretário municipal destacou que o projeto de irrigação de Ceraíma é de grande importância para os produtores rurais do distrito e para região de Guanambi, tendo em vista que o perímetro consegue abastecer toda a região, além de gerar aproximadamente 3.000 empregos diretos. Diante do problema, o prefeito garantiu que buscará o mais rápido possível a melhor forma de resolver a questão junto às autoridades ligadas a Embasa e Codevasf.
O Governo do Estado lançou, na última sexta-feira (23), o edital de licitação para a contratação da empresa que realizará a recuperação e a pavimentação asfáltica dos 13 quilômetros de estrada que liga Guanambi ao distrito de Ceraíma e ao IF Baiano. A obra concretiza uma luta da deputada estadual Ivana Bastos (PSD). Nos últimos meses, a parlamentar se reuniu diversas vezes com o secretário de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, com o superintendente de Infraestrutura de Transportes, Saulo Pontes, além de técnicos do órgão. “Essa obra é importante para o desenvolvimento econômico e social de Guanambi e atende uma reivindicação antiga da população. O nosso mandato está empenhado em fazer acontecer. Estive em várias audiências com o secretário e esse é o resultado de muito trabalho e do compromisso do Governo do Estado. A população merece ter uma estrada com condições de trafegabilidade e segurança”, afirmou Bastos.