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A melhoria da qualidade de vida dos brasileiros e o maior acesso à saúde provocaram queda da mortalidade por câncer. Levantamento divulgado hoje (27) pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostra que entre 2003 a 2012, a redução de mortes por diversos tipos de câncer foi 0,53% entre os homens e 0,37% entre as mulheres. O cálculo foi feito com base nas taxas de mortes a cada 100 mil pessoas por ano, registradas pelo Ministério da Saúde. A letalidade do câncer de estômago foi a que mais diminui: 2,9% entre os homens e 2,49%, entre as mulheres. A redução é associada a avanços no saneamento básico e à conservação de alimentos, segundo o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Cláudio Noronha. “O saneamento reduziu a prevalência da bactéria helicobacter pylori, fator de risco, e os refrigeradores mantém alimentos mais frescos e saudáveis, e exigem menos sal na conservação”, disse. Entre os dez tipos de câncer que mais causam mortes, o câncer de mama, de colo de útero e de próstata, também apresentaram reduções, de 0,01% (estabilidade), 1,62% e 0,39%. Como o número de pacientes com as doenças tem aumentado, os médicos comemoraram a queda da mortalidade, atribuída a maior acesso ao diagnóstico e ao tratamento. O coordenador do Inca levantou preocupação com o câncer de pulmão entre as mulheres. Entre 2003 e 2012, a mortalidade caiu 1,65% em homens e aumentou 1,47% em mulheres. O percentual é impactado por pessoas que fumaram nos últimos 20 a 30 anos. “Se o Brasil não tivesse tido a política atual, de controle do tabagismo, a situação seria outra. Estudos mostram que cerca de 300 mil mortes foram evitadas”, frisou. As informações são da Agência Brasil.

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