Fruto de uma ação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) em Vitória da Conquista, a Justiça Federal condenou as Indústrias Químicas Xilolite, localizadas em Brumado, e o espólio de seu ex-diretor-presidente, José Roberto Camargo, a devolverem mais de 5,5 milhões de reais à União. A justificativa dada para a condenação é a malversação de recursos repassados pelo Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) na década de 1990. O Finor foi criado em 1974 e visava proporcionar mais eficácia na canalização de recursos destinados a financiar o desenvolvimento da região Nordeste, Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e Norte do Espírito Santo. Mas denúncias da imprensa, feitas em 2000, sobre possíveis casos de superfaturamento e utilização de notas ficais frias na aplicação de recursos do Fundo fez com que o MPF iniciasse uma investigação. Em 2010, o Ministério Público entrou com uma ação na Justiça, já que as denúncias foram comprovadas e o Finor, ao invés de colaborar para a elevação do padrão de vida e emprego na região nordeste, estava desperdiçando recursos, com desvio de mais de R$ 5,5 milhões. A decisão da Justiça, para o MPF, atende ao pedido de reparação do prejuízo aos cofres públicos. Como o ex-diretor-presidente faleceu em setembro de 2010, a sentença dada a ele deve ser executada a partir do conjunto de bens deixados aos seus herdeiros – espólio.