O campus do Instituto Federal da Bahia (IFBA) em Brumado foi o cenário do III Festival de Arte, Cultura e Consciência Negra, evento que destaca a riqueza e a vitalidade da cultura afro-brasileira. Realizado entre os dias 29 e 30 de novembro, o festival envolveu a comunidade acadêmica e a população em uma ampla programação que se expande para além dos muros do instituto, ocupando também a Praça Coronel Zeca Leite, a Praça da Prefeitura. Coordenado por professores e estudantes, o evento teve como objetivo promover a valorização da cultura negra, abordando suas manifestações artísticas e seu papel transformador. No campus, os participantes têm acesso a oficinas, mesas de discussão, barracas de artesanato local e palcos abertos para apresentações culturais. Na Praça da Prefeitura, o público prestigiou performances de dança, música, capoeira e até um desfile de beleza negra. “O festival não foi exclusivo do campus de Brumado. Ele foi um evento do IFBA, pensado para integrar a comunidade acadêmica com o público externo”, explicou o professor de Filosofia Tiago Melgaço, um dos organizadores. “A negritude não deve ser lembrada apenas pela violência, mas também pela alegria, criatividade e multiplicidade de intervenções artísticas que a cultura negra produziu e ainda produzirá. Estamos discutindo o passado, o presente e o futuro através do lema ‘Na Minha Pele Negra Tem Arte e Cultura’”, destacou Monique Carvalho, professora de Português e também integrante da coordenação. O festival reuniu representações de sete campi do IFBA e associações regionais, consolidando Brumado como um polo de integração cultural no sudoeste baiano. Para os organizadores, esse tipo de evento reforça a importância da educação na valorização da ancestralidade e no combate ao racismo estrutural.