Em Livramento de Nossa Senhora, o advogado Ualesson Rodrigues denunciou que, durante uma ação no Distrito de Iguatemi, policiais da 46ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) teriam agido com truculência e abuso de autoridade. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Rodrigues relatou que foi atingido por uma bala de borracha na região do tórax na ação. Ele contou que participava de um evento político do primo, que é candidato a vereador na cidade, quando os policiais chegaram já jogando spray de pimenta em todos que lá estavam. “Vieram na minha direção e da minha família. Só levantei a mão e pedi calma, falando que era advogado. Perguntei o que estava acontecendo, mas eles me deram um empurrão e um tiro de borracha com espingarda calibre doze. Caí na hora”, afirmou. Mesmo caído e com sua noiva tentando protegê-lo, o advogado contou que, não satisfeitos, os policiais ainda dispararam mais tiros. Quatro deles pegaram na perna de sua noiva.
“Foi um ato de covardia, uma cena grotesca”, definiu. Conforme narrou, após o ocorrido, iniciou-se uma confusão generalizada, visto que seus familiares acreditavam que ele havia morrido. Ualesson negou que tenha desacatado a polícia e que as pessoas agrediram os policiais com latas e garrafas, assim como informado na nota divulgada pela PM acerca do caso. Para ele, as agressões tiveram motivação política, visto que ele não tem ficha criminal. “Não uso drogas, não bebo álcool, não estava fazendo algazarra. Não tenho histórico criminal nenhum. Quem me conhece sabe do meu caráter e da minha idoneidade. Não estamos na ditadura militar, estamos em uma democracia. Me sinto impotente, humilhado”, declarou, bastante emocionado. Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil para apuração do caso.