Na década de 80, a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que liga o estado da Bahia a Minas Gerais, possuía cerca de 45 mil funcionários. Hoje, segundo Guilhermano Silva Filho, diretor de comunicação do Sindicato dos Ferroviários do Estado da Bahia (Sindferro), o trecho baiano da ferrovia conta apenas com 1 mil funcionários, entre diretos e indiretos. Todos podem ser demitidos devido à ameaça de desativação da FCA no trecho Bahia/Minas. Ao site Achei Sudoeste, Guilhermano denunciou que os prejuízos são incalculáveis para toda região por onde a ferrovia passa. Além disso, o diretor apontou que há um abandono explícito da malha ferroviária pela falta de interesse em operar no trecho após destruí-lo. “A empresa roeu a carne toda e deixou só o osso”, afirmou. Para quem quiser investir na ferrovia serão necessários, segundo o sindicalista, bilhões de reais para recuperar toda malha, visto que os trilhos estão totalmente desgastados depois de anos sem manutenção. “Vai ser preciso praticamente trocar tudo. A ferrovia toda está degradada e sucateada nessa região”, finalizou.