Na segunda-feira (25), durante Assembleia Geral Conjunta, investigadores, escrivães, delegados, peritos técnicos, criminais, odonto-legais e médicos legistas aprovaram uma nova proposta de reestruturação salarial das Polícias Civil e Técnica da Bahia. A assembleia foi organizada pelo movimento "Unidos pela Valorização dos Policiais Civis", representado pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc) e demais entidades. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, ressaltou que a proposta busca retirar a categoria da incômoda posição de 26º pior salário do Brasil e colocar entre os cinco maiores salários do país. “Condizente com a saúde financeira do Estado da Bahia e com o ranking que a Bahia hoje ocupa, de 7º lugar no ranking econômico do Brasil”, afirmou. O sindicalista destacou que o Governo do Estado já sinalizou grandes investimentos para as Polícias Civil e Técnica, porém, para além da infraestrutura física, é preciso valorizar o trabalhador. “É essa valorização que estamos aguardando. O governador tem colocado como prioridade fortalecer a polícia judiciária e estamos confiantes de que ele também fará esse gesto de reconhecer e melhorar a nossa remuneração no Estado da Bahia”, completou. A nova proposta de reestruturação remuneratória da categoria, segundo Lopes, deverá ser escalonada a fim de corrigir as distorções que existem em comparação aos demais estados do país. “Figuramos hoje como o penúltimo estado em valorização salarial. As gestões anteriores não olharam para o trabalhador com respeito e dignidade. O policial tem uma atividade de risco, não pode morar em qualquer lugar ou deslocar-se de ônibus para trabalhar. Ele precisa ter dignidade e essa valorização salarial”, defendeu. A proposta já foi encaminhada pela delegada-geral, Heloísa Brito, ao secretário da segurança pública, Marcelo Werner, e está aguardando uma posição política do governador.