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Bahia é atingida por quinta onda de calor em 2023
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A nova onda de calor que atinge a Bahia e mais 14 estados do Brasil é, pelo menos, a quinta que alcança parte do território baiano em 2023. De acordo com o jornal Correio, desta vez, o fenômeno atingirá 57 municípios baianos, com destaque para a região do Oeste, entre a região do vale do São Francisco e a divisa com os estados de Goiás e Espírito Santo, entre esta quinta-feira (14) e domingo (17). Algumas cidades baianas podem registrar temperaturas máximas acima de 40 °C no final de semana. De acordo com Aldírio Almeida, meteorologista do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), a onda de calor é resultado de um bloqueio atmosférico, que manterá o tempo seco e quente na maior parte do país. A condição impede a movimentação de chuvas e massas de ar frio, concentrando-se principalmente sobre parte do centro do país e impedindo sua progressão para outras áreas. A partir da próxima semana, as temperaturas registradas deverão ser mais amenas. “As condições atmosféricas serão favoráveis à ocorrência de chuvas, primeiramente no extremo oeste e sul do Estado, e depois se espalhando para as demais regiões, condição que deixará as temperaturas mais amenas”, explica. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso meteorológico, indicando os níveis de perigo conforme a persistência da massa de ar quente em determinadas áreas: permanência do fenômeno de 2 a 5 dias representa perigo potencial, enquanto de 3 a 5 dias indica perigo. Caso a onda permaneça em uma região por mais de cinco dias, o aviso é de grande perigo. A meteorologista do Inmet Andrea Beltrão informou que as temperaturas podem continuar elevadas após o domingo devido a intensificação do El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico. “O El Nino ainda está com intensidade forte. Ele deve ter um pico maior em dezembro e janeiro. A partir de fevereiro, a intensidade diminui, mas, ainda assim, vai influenciar as condições do tempo e do clima, com prazo para ir pelo menos até o outono de 2024”, explica.

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