O presidente da Associação dos Peritos Criminais do Estado da Baiana (Asbac), Leonardo Fernandes, voltou a denunciar o estado precário dos Departamentos de Polícia Técnica (DPTs) no Estado da Bahia. Mesmo com a mudança de governo e com o estabelecimento de um diálogo, Fernandes apontou que a reestruturação no órgão ainda não aconteceu. Ao site Achei Sudoeste, ele afirmou que os problemas são graves e levam tempo para serem solucionados. “Passamos oito anos jogados ao relento, sem concurso público, sem investimentos e infraestrutura. Isso é algo que não se muda de um dia para o outro. Os problemas são sérios, graves, crônicos e posso dizer que a resolução é de médio e longo prazo”, destacou. Com efetivo reduzido, muitos corpos têm de ser transferidos de cidade em cidade na região para realização da perícia. Segundo Fernandes, o problema de falta de pessoal no órgão é crônico e afeta todo região. “Nosso efetivo é muito pequeno em comparação ao resto da segurança. Na perícia criminal, são em torno de 300 peritos criminais pra atender todo Estado da Bahia. Desses, dois terços já possuem todos os requisitos para se aposentarem”, informou. Além do efetivo diminuto, bem aquém do ideal, Leonardo citou que os laboratórios dos DPTs estão sucateados, necessitando de mais investimentos em tecnologia, gente e dinheiro. Apesar do cenário, as conversas com a nova gestão têm sido promissoras e há esperança de mudança e reestruturação no órgão, inclusive com a realização de concurso público.