Há cerca de 20 anos, Dílson Fernandes Moço presta serviço gratuitamente como coveiro no cemitério da Vila Presidente Vargas, em Brumado. Em entrevista ao site Brumado Notícias, o coveiro declarou que assumiu o posto devido à necessidade da comunidade, que não possui assistência do poder público para enterrar seus entes queridos.
Dílson disse que chegou a receber salário durante um ano e seis meses na administração do ex-prefeito Edmundo Pereira Santos. Depois disso, ele assinou um contrato de trabalho no primeiro mandato do ex-prefeito Eduardo Vasconcelos, mas não foi remunerado pelos seus serviços. “Só ficou na assinatura, mas depois nunca mais vi aquele contrato e muito menos o salário descrito”, reiterou o coveiro.
O trabalhador informou que, ao invés de ser assalariado, ele ajuda a manter o cemitério em funcionamento. “Cadeado quebra e sou eu quem compra outro; a bomba da caixa dá defeito e sou quem compro outra; e a prefeitura nunca me ressarciu um centavo. Já pensei diversas vezes em entregar essa chave, mas acabo ficando solidário as famílias que vem enterrar seus entes queridos”. Ele ainda denunciou que o cemitério está superlotado e que muitas vezes vários defuntos são enterrados em uma mesma cova.