A sessão da Câmara de Vereadores da última segunda-feira (16) foi uma das mais curtas da história do legislativo brumadense. O único assunto debatido foi a votação referente à doação de um terreno do executivo municipal para a construção do presídio. O terreno fica localizado acerca de 1.800 m da Vila Presidente Vargas, à margem da BR-030. Apesar de fazer parte da sessão, o projeto não foi votado por decisão unânime dos parlamentares. Em entrevista ao site Brumado Notícias, o presidente da Câmara, Alessandro Lôbo (PSL), explicou que, após avaliarem as cobranças e protestos dos moradores da localidade, que rejeitam a construção da unidade na vizinhança, o parlamento e o gestor municipal optaram por encontrar uma nova alternativa. Segundo Lôbo, um novo terreno em outra localidade foi encontrado e o mesmo poderá ser a solução para o impasse. Com isso, a mesa diretora convocou uma nova sessão para a próxima quinta-feira (19), às o9h, em caráter de urgência urgentíssima, já que o prazo para início das obras é até a próxima semana. “Não estamos dizendo que já está certa a saída do presídio da vizinhança da Vila, mas afirmo aos moradores daquela e das demais localidades vizinhas que estamos empenhados em apresentar uma nova proposta, longe de qualquer desconforto para as nossas comunidades”, garantiu o vereador.
Acompanhando a sessão, Manoel Messias, presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública, declarou que teme que o município perca novamente essa oportunidade. “Já perdemos uma oportunidade de termos esse presídio e agora o prazo para esse está se esgotando e não há uma definição. Avaliamos que o presídio para o nosso município será muito importante, pois vem a somar e a facilitar alguns pleitos. É muito nobre os vereadores estarem buscando uma nova alternativa, e espero que o novo local não gere uma nova insatisfação, mas não podemos ficar sem esse presídio, pois seria uma perda enorme para Brumado”, afirmou Messias. Os moradores da Vila e demais localidades vizinhas compareceram à Câmara com uma faixa para protestar contra a construção do presídio no local. Em nome dos manifestantes, a presidente da associação de moradores da comunidade, Rosa Riqueza, declarou que foi um alívio a retirada do projeto de pauta. “Queremos que Brumado tenha o seu presídio, só não o queremos em nossa vizinhança e acreditamos que o poder público irá se sensibilizar com o nosso apelo”, opinou ela.