O secretário de Ressocialização Carcerária da Bahia, Nestor Duarte, esteve em Brumado na última terça-feira (10). Ele acompanhou uma comitiva formada pelo prefeito Aguiberto Lima Dias (SDD), a vice-prefeita Cristina Gondin (PSDB), o juiz Genivaldo Alves Guimarães, Leonardo Rabelo e Romilson Dourado, delegados regional e municipal respectivamente, Major Berlink, comandante da 34ª CIPM, Osvaldo Laranjeiras, presidente da 21ª Subseção da OAB, além de e vereadores e secretariado do município. Todos participaram de uma audiência pública realizada na Escola Sá Teles, na Vila Presidente Vargas, onde foram debatidos os prós e os contras referentes à construção do presídio à margem da BR-030, próximo à Vila. Os moradores mostraram-se insatisfeitos com a ideia de terem um presídio na vizinhança e protestaram durante o evento. 

A professora e presidente da associação de moradores da localidade, Rosa Riqueza, fez severas críticas à proposta de construção da unidade prisional na região, mas o principal argumento da professora diz respeito à falta de ação do poder público na Vila. Em contrapartida, as autoridades presentes usaram vários argumentos apontando as vantagens do presídio para o município e para a Vila. “Eu não tenho problema nenhum em levar essa obra para outra cidade da região, quem vai decidir é a população, apenas vim mostrar os benefícios técnicos do presídio para a cidade como um todo”, disse o secretário Nestor Duarte. 

Já o juiz apontou que sem uma unidade prisional adequada ele está sendo obrigado a liberar presos por causa da superlotação e condições inadequadas da cadeia local. “Se vocês preferem que continuemos com uma cadeia para 16 presos superlotada, onde ocorrem frequentes fugas e rebeliões, ao invés do presídio que terá capacidade para agregar toda a população carcerária da cidade, isso é com vocês, mas se Brumado perder essa oportunidade vou continuar soltando os presos, pois não poderei manter os custodiados nas condições precárias da carceragem atual”, asseverou o magistrado. 

Mesmo com todos os esclarecimentos técnicos, moradores e representantes da comunidade declararam que irão buscar os meios para impedir a realização da obra na localidade. Na sessão legislativa do dia 16 de junho, o projeto de doação do terreno para construção da unidade prisional começará a ser colocado em pauta de votação.