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Menino de 4 anos com malformação rara e grave faz cirurgia para reconstruir a região genital
Foto: Divulgação/Sesab

Um menino de 4 anos, com uma malformação rara e grave, fez uma cirurgia para reconstruir a região genital, como etapa fundamental da correção de extrofia de cloaca. Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), nesta doença, que ocorre em uma a cada 400 mil crianças, aproximadamente, os órgãos dos tratos genital, urinário e intestinal estão abertos em uma placa na parede abdominal. A cirurgia de alta complexidade aconteceu no Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana. O procedimento teve oito horas de duração e contou com transmissão online para grupos de especialistas na técnica de todo o país. Em 2021, uma primeira intervenção já havia sido realizada. Dessa vez, foi fechado o ciclo cirúrgico para a correção da anomalia grave. Participaram do procedimento seis cirurgiões pediátricos e uropediatras, além de uma residente. Segundo o urologista e cirurgião pediátrico da unidade de saúde, Victor Guimarães, foi usado a Técnica de Kelly, que melhora a continência urinária e o aspecto estético e funcional do pênis. O motivo é que ela ajuda a reparar o defeito, com mobilização radical dos tecidos moles, sem prejuízo do arcabouço ósseo, nesta etapa. “Essa técnica é muito interessante porque oportuniza ao paciente uma estética mais satisfatória e uma evolução clínica-cirúrgica incrível para casos tão complexos quanto o que operamos”, ressaltou. Gerido pela Liga Álvaro Bahia, o HEC é uma unidade da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Para a realização da cirurgia, o hospital contou com a participação de uma equipe médica de São Paulo, composta pelo diretor clínico do Hospital Infantil Darcy Vargas (SP), o urologista pediátrico Jovelino Leão, e pela coordenadora da equipe de cirurgia pediátrica do Hospital Infantil Sabará (SP), a cirurgiã e urologista pediátrica Fernanda Leão.

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