Pesquisadores baianos transformaram TVs piratas apreendidas pela Receita Federal em minicomputadores para doação aos estudantes de instituições públicas. A ação é um projeto entre a Receita Federal, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), campus Feira de Santana, e outras universidades brasileiras, inclusive instituições privadas. Segundo Raissa Tavares, coordenadora do projeto na UFRB, a proposta tem três eixos de execução: descaracterização, robôs assistivos e educacionais e data Logger. “A descaracterização se dá pela remoção do software que dá acesso ilegal aos satélites e bloqueia o aparelho para que ele não possa ser TV pirata. O segundo ponto diz que o elemento que compõe o robô deverá ser de baixa complexidade e de baixo custo”, explicou. No último eixo, nomeado de “data Logger”, podem ser instalados programas para realização de coleta de dados. Neste processo de implementação, serão realizados testes de usabilidade e capacidade de armazenamento. Com a realização do projeto, a coordenadora estima que muitos alunos serão beneficiados com os minicomputadores feitos de diversos aparelhos que seriam destruídos. “Em Feira de Santana, estima-se que poderão ser potencialmente favorecidos, com a destinação dos minicomputadores, mais de 46 mil alunos de escolas públicas, matriculados nos anos finais e no ensino médio. Essa é uma demanda de forte relevância social, em função da grande necessidade de computadores nas redes de ensino público e a possibilidade de proporcionar o acesso dos estudantes à tecnologia”, disse Raíssa Tavares. Os equipamentos já foram descaracterizados e transformados em minicomputadores com a instalação do sistema operacional Linux. Agora, foi dado início ao desenvolvimento dos eixos robôs assistivos e educacionais e data logger. Além de Raissa Tavares, o time da UFRB é composto pelos pesquisadores Djoille Denner, Iuri Santos, João Luiz Carneiro, Leandro Brito, Nilmar de Souza, e o graduando em Engenharia, Pedro Guilherme Cerqueira.