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Covid-19: Antiviral da Pfizer continua eficaz para reduzir hospitalização e morte, diz estudo
Foto: Joe Raedle/Getty Images

Além das vacinas, que representaram um ponto de virada na luta contra a Covid-19, a aprovação de um primeiro medicamento de fácil uso desenvolvido especificamente para o novo coronavírus foi outro marco da pandemia. Desenvolvido pela Pfizer, o Paxlovid, combinação de nirmatrelvir com ritonavir, tornou possível que os pacientes de maior risco, ainda que infectados, tivessem uma possibilidade de tratamento em comprimido, de poucos dias, que reduz em mais da metade o risco de hospitalização ou morte. Porém, desde a chegada da variante Ômicron, no fim de 2021, e o surgimento de suas diversas subvariantes, a eficácia do antiviral passou a ser um ponto de dúvida. Isso porque os estudos clínicos haviam sido feitos no período pré-Ômicron, e as novas linhagens do vírus se mostraram cada vez mais eficientes em escapar das respostas imunes do organismo. Isso levou, inclusive, agências reguladoras a suspenderem o aval de tratamentos que haviam sido autorizados no decorrer da pandemia, como as combinações de anticorpos monoclonais casirivimabe e imdevimabe, da farmacêutica Regeneron, e bamlanivimabe e etesevimabe, da Eli Lilly. O estudo é do tipo observacional, ou seja, uma análise a partir dos dados de vida real de internações e mortes, e do uso do medicamento. Eles utilizaram informações do sistema de saúde do Colorado sobre um total de 21,5 mil pacientes entre março e agosto de 2022. 9,8 mil deles receberam o tratamento com o Paxlovid – indicado para grupos de maior risco, como idosos e imunossuprimidos – e 11,6 mil não tomaram os comprimidos.Eles então analisaram a incidência de hospitalização e de óbitos em até 28 dias após o diagnóstico para confirmar se houve um número de ocorrências menor entre aqueles que receberam o remédio da Pfizer. Os pesquisadores constataram uma redução de cerca de 55% nas internações entre o grupo que teve acesso ao Paxlovid, e de 85% nas mortes. Além disso, uma diminuição de 26% em visitas subsequentes ao departamento de emergência – consideradas no estudo um indicador de recaída clinicamente significativa. Aggarwal explica que o benefício foi visto inclusive entre os vacinados. Os cientistas agora planejam publicar resultados de estudos do mundo real sobre a eficácia do Remdesivir, outro medicamento considerado eficaz para a Covid-19, além de uma atualização sobre a eficácia do Paxlovid para subvariantes ainda mais recentes da Ômicron, como a XBB.1.5 e a BQ.1, que são prevalentes hoje.

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