O advogado e professor universitário baiano, Diego Massena, é o segundo pai solo do Brasil, o primeiro da região Nordeste. As meninas são gêmeas, de três meses, e se chamam Isabela e Helena. Diego conta que desde a adolescência sonhava em ser pai. O amor e a vontade aumentaram com o tempo, mas o desejo não se realizou. Solteiro, o advogado decidiu encarar o desafio sozinho. Primeiro pensou em adotar, depois em fazer a fertilização in vitro, mas para o procedimento, ele precisava de duas voluntárias: uma mulher para doar os óvulos, de forma anônima, e outra para gerar o bebê. A ajuda para a realização do sonho veio da família, como conta a médica Amanda Cútalo, que fez a fertilização. “Ele já tinha conversado com uma prima, ela já tinha se disponibilizado para poder levar essa gravidez e ajudar na realização desse sonho”, contou ao G1. Mesmo após preencher todos os requisitos médicos e atender as regras éticas exigidas no Brasil, Diego Massena esbarrou em uma recomendação do Conselho Federal de Medicina (Cremeb) e viu o sonho de ser pai quase desmoronar. “Ela [a prima] não tinha ainda nenhum filho e pela resolução do Conselho é exigido que se tenha ao menos um filho, e que seja parente de até quatro grau. Ela é prima carnal, direta, e nunca tinha engravidado”, afirmou Amanda Cútalo. “A primeira resposta que o Cremeb deu foi negativa. Eles disseram que não poderíamos seguir com o tratamento, apesar que isso não foi justificado, no primeiro momento”, explicou a especialista.