As fortes chuvas que atingem a Bahia desde novembro de 2022 afetaram pelo menos 82 municípios e deixaram um longo rastro de destruição. Apesar dos prejuízos, as chuvas não afetaram a produção agrícola no estado.  De acordo com a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a produção agrícola não foi afetada diretamente e não houve perdas de safras, porém as estradas vicinais e rodovias utilizadas para transporte dos produtos foram afetadas, causando dificuldade para a entrega de alimentos e insumos. Segundo o representante da Aiba, o gerente de Agronegócios Aloísio Júnior, a estação meteorológica da Aiba registrou um acumulado de 500 milímetros em novembro, o dobro da chuva prevista para o período, mas os agricultores não se queixaram de prejuízos. “Durante essa safra 22/23, no período de novembro, tivemos um volume de chuva bastante significado e bem acima do normal previsto para a região, contudo nas nossas lavouras de grãos e fibras, não houve prejuízos de maneira direta e significativos nas lavouras, as chuvas provocaram problemas de infraestrutura em algumas estradas e rodoviárias”, comentou. Em seguida, Aloísio Júnior pontuou que as chuvas trouxeram algumas pragas para a produção agrícola. “O alto índice de chuva entre o final de dezembro e início de janeiro e acompanhado da abertura de sol provou o microclima favorável para existência de algumas pragas na lavoura de soja e algodão, como a incidência de mofo branco em algumas lavouras. Os fatores climáticos acabam favorecendo o surgimento de algumas pragas em algumas lavouras”, declarou, detalhando que a AIBA está fazendo o acompanhamento da situação. Por fim, o gerente de Agronegócios descartou a possibilidade no aumento do preço dos produtos por causa do atraso na entrega dos produtos causados pelos prejuízos na infraestrutura de estradas e rodovias. “Na nossa região não há possibilidade de aumento de preço dos produtos”, afirmou, ressaltando que o impacto das chuvas foi de forma indireta.