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Dados apontam câncer de próstata entre as principais causas naturais de morte na Bahia

Como reforço às ações do Novembro Azul, campanha de conscientização para o cuidado com a saúde masculina com ênfase na prevenção ao câncer de próstata, a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) reúne os principais dados do Ministério da Saúde (DATASUS, 2022) sobre o tema. Os dados apontam que, entre as causas naturais de mortes entre homens na Bahia, as neoplasias malignas (câncer) figuram como o principal motivo. O câncer de próstata é o segundo em número de casos, atrás apenas do tipo de pele não-melanoma. Apenas em 2021, na Bahia, foram 1,3 mil homens vítimas de câncer de próstata. Em termos relativos, a neoplasia maligna de próstata respondia por 18,9% dos óbitos masculinos por câncer na Bahia em 2021.  Ou seja, aproximadamente, de cada 10 homens que morreram em decorrência de alguma neoplasia no estado, dois foram vítimas do câncer de próstata. Relativizando pela população, observa-se uma taxa de 18,7 vítimas a cada 100 mil homens. Diante desse cenário, é importante destacar que a incidência e mortalidade por câncer de próstata é uma realidade no contexto baiano, o que ratifica a importância da campanha Novembro Azul. Contudo, mesmo com as campanhas realizadas nos últimos anos, os dados mostram que houve aumento médio de 3,6% ao ano no número de óbitos em decorrência desse tipo de neoplasia, o que pode estar associado a determinados fatores de risco, como componentes genéticos e histórico na família. Outros fatores de risco estão relacionados ao trabalho, tais como exposição a arsênio e seus componente, exposição a malation (um tipo de agrotóxico), cádmio e seus componentes, radiação ionizante  (x e gama), elemento radioativo (tório 232) e trabalho noturno. Contudo, a faixa etária é um determinante crucial nesse tipo de neoplasia: tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos. Considerando essa elevada participação dos casos de neoplasia maligna de próstata na população masculina, o Instituto Nacional do Câncer (Inca, 2019) estima que para o ano de 2022 serão diagnosticados 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil, 6.130 na Bahia e 1.090 em Salvador. Relativizando pela população masculina, as taxas são de 63,0 novos casos a cada 100 mil brasileiros; 80,4 por 100 mil homens baianos; e 78,8 a cada 100 mil soteropolitanos. Para a Região Nordeste, essa taxa fica em 72,4 a cada 100 mil homens nordestinos, a maior taxa entre as regiões brasileiras. Vale destacar que, as estimativas apontam taxas mais elevadas para a Bahia e Salvador comparadas ao Nordeste e ao Brasil. Confirmando, assim, o câncer de próstata como uma questão de primeira grandeza na saúde do homem baiano.

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