A brumadense Maria Aparecida tem um irmão que faz hemodiálise na Clínica de Nefrologia de Brumado (Clinefro). Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ela reforçou as denúncias feitas anteriormente e disse que os pacientes estavam há dois meses sem acompanhamento com um médico nefrologista. “O próprio clínico que estava lá falou que não tinha condições de medicar porque não era nefro. Não tinha nefrologista na unidade. Foram dois meses sem olhar resultado de exame”, relatou. Segundo Aparecida, as dificuldades do clínico vão desde puncionar as veias para conseguir um acesso, até medicar os pacientes renais crônicos com remédios específicos. “Isso é coisa do nefro. As coisas têm que ser administradas por quem sabe”, argumentou. Maria ainda informou que uma nefrologista de nome Dra. Roberta passou a atender na unidade após as reivindicações dos pacientes apenas para “tapar buraco”. “Ela veio segunda e na terça já foi embora. Uma clínica dessas pode dizer que tem nefro? Foi contraditória a entrevista da diretora. O paciente, que passa 4 horas sentado em uma máquina dialisando, é que sabe”, rebateu. Para Maria Aparecida, o prefeito dizer que os pacientes precisam valorizar o serviço porque antes tinham de se deslocar para fazer hemodiálise em Vitória da Conquista é a mesma coisa de amedrontar os usuários. “É a mesma coisa de dizer: ou você faz aqui ou você morre. Isso é amedrontar o paciente. Os pacientes estão traumatizados e com medo. Se o prefeito tivesse um parente dele lá na casa de hemodiálise jamais diria isso. Queremos melhorias”, concluiu.