Em Brumado, uma recenseadora que atua pelo IBGE para realização do Censo Demográfico 2022 denunciou ao site Achei Sudoeste que, desde que os trabalhos foram iniciados, ainda não recebeu o salário devido. Segundo ela, o IBGE não valoriza os profissionais, tendo em vista que o salário é muito baixo. “Infelizmente, nossa situação é dramática. Enfrentamos todo tipo de coisa, todos os dias. Muitas pessoas são mal-educadas. Já entrei até em boca de fumo nos bairros mais perigosos da cidade. Não somos valorizados. Não recebemos nenhum tipo de ajuda de custo”, relatou. As reivindicações da categoria acontecem pelo país inteiro. A recenseadora disse que o salário é muito baixo e a categoria está, praticamente, pagando para trabalhar. Além disso, ela contou que as condições de trabalho são precárias e os profissionais recebem apenas R$ 0,50 por unidade visitada. O valor, segundo ela, não dá nem pra comprar bala hoje em dia. “Ficamos a pé o dia inteiro na rua sem ter o que comer. Ficamos até 21h na rua pra bater a meta. Queremos melhores condições de trabalho”, completou. No município, muitos recenseadores abandonaram o censo por causa da situação. No dia 1º de setembro, a categoria dará início a um indicativo de greve.