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Icon alerta para a perigosa relação entre câncer de pulmão, tabaco convencional e cigarro eletrônico
Foto: Divulgação

Neste mês de agosto, o branco é a cor escolhida para chamar a atenção da população para o tipo de câncer que mais mata no mundo: o câncer de pulmão. Apenas em 2020, quase 2 milhões de pessoas foram vítimas da doença no mundo e no Brasil o número de mortes chegou a 30 mil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).  Até 2022, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que cerca de 30 mil novos casos sejam diagnosticados no Brasil. O tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de pulmão. Porém, outros fatores também devem ser observados, como histórico familiar, tabagismo passivo, contato com substâncias químicas, como amianto e radônio, e exposição à poluição do ar. E um adendo: o aumento do uso dos chamados cigarros eletrônicos (ou “vape”), principalmente entre os mais jovens, vem chamando atenção da comunidade médica e científica, que já alerta para um potencial fator de risco, tanto do câncer de pulmão quanto de outras doenças. Um estudo realizado pelo Inca também revelou que o uso do cigarro eletrônico aumenta mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro convencional para aqueles que nunca fumaram. Atrelado a isto, o oncologista do Instituto Conquistense de Oncologia (Icon), Leonardo Cunha, alerta que “além da nicotina, mais de 80 outras substâncias químicas são encontradas nas formulações do cigarro eletrônico, incluindo agentes comprovadamente cancerígenos para o pulmão, bem como seios da face, bexiga, estômago e esôfago. Há ainda a possibilidade de enfisema e fibrose pulmonar”, destaca o oncologista. De acordo com Leonardo Cunha, a maioria dos casos de câncer de pulmão é diagnosticada tardiamente, pois a doença não apresenta sintomas nas fases iniciais. Por isso, a importância de um acompanhamento médico regular, principalmente para tabagistas de longa data, pois o diagnóstico precoce da doença aumenta as chances de cura. Entre os principais sintomas, o oncologista destaca: “cansaço, tosse, expectoração com sangue, dor no peito, falta de ar, perda de peso e rouquidão”. Parar de fumar (em qualquer fase) é a forma mais eficaz de prevenção contra o câncer de pulmão e outras doenças, reforça o oncologista. Mas, levando em consideração que nem todos os diagnósticos de câncer de pulmão são para fumantes, outros hábitos de vida também devem ser adotados como forma de prevenção: prática de atividade física, boa alimentação e evitar exposição à poluição e a substâncias químicas.

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