Na próxima quarta-feira, 13, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai decidir sobre a solicitação para incluir a faixa etária de 3 a 5 anos na bula da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. O pedido foi feito há quase quatro meses e, desde então, rodadas de reuniões entre a agência, o instituto e entidades médicas têm sido realizadas. O público com menos de 5 anos é o único que ainda não tem previsão de ter a vacinação contra a doença iniciada no país. De acordo com a Revista Veja, a CoronaVac recebeu autorização da agência para ser aplicada no público com mais de seis anos e que não é imunocomprometido em janeiro deste ano. No Brasil, as crianças com 5 anos ou mais podem ser vacinadas com o imunizante da Pfizer, mas não há liberação para a aplicação de doses abaixo desta faixa etária. Por isso, pais têm se mobilizado por meio de um abaixo-assinado virtual e nas redes sociais para que a Anvisa libere a CoronaVac para a população de 3 a 5 anos. Eles se queixam da demora para o anúncio da decisão. A solicitação para ampliação da faixa etária elegível para receber o imunizante foi feita pelo Instituto Butantan em 11 de março. Na ocasião, a agência informou que a análise técnica seria feita em um prazo de sete dias a partir de 14 de março. No dia 18 do mesmo mês, a Anvisa enviou exigências das áreas de Farmacovigilância e de Medicamentos para o Instituto Butantan, algo que não interrompeu o processo. Depois, foram realizadas reuniões com representantes do Butantan e de entidades médicas e científicas para debater a inclusão da faixa etária na bula do imunizante. Em maio, o Butantan anunciou a entrega de informações para a Anvisa e apresentou um estudo apontando os impactos para o público caso tivesse sido imunizado entre 1 de dezembro de 2021 e 21 de março 2022, indicando que teriam ocorrido 58% menos hospitalizações, 57% menos mortes e 599 hospitalizações evitadas. Mas a agência solicitou dados de um estudo chileno realizado com a população infantil, entregues no início de junho. As vacinas da Pfizer e da Moderna – esta última não é aplicada no Brasil – receberam autorização para aplicação em crianças com mais de 6 meses e abaixo de 5 anos nos Estados Unidos.