Mãe do pequeno Samuel, de 6 anos, portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA), Joice Daniellly Ferreira Silva denunciou que o filho estaria sendo discriminado na escola onde estuda na rede municipal de ensino de Brumado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Joice disse que sequer foi comunicada pela escola acerca das festividades de São João. “Ninguém me comunicou nada e eu queria que meu filho participasse. Fiquei muito triste. Meu filho viu umas crianças com roupa de quadrilha e disse que ele também iria participar na escola. Isso me partiu o coração”, relatou. Em contato com a vice-diretora, Joice contou que a mesma reconheceu que houve apenas uma falha de comunicação. “É uma falha que ficou marcada pra mim e para meu filho. Muito doloroso. Teve uma época, antes da pandemia, que ele só podia entrar na escola junto com a monitora. Meu filho não é bicho, é gente”, completou, emocionada. Na oportunidade, em nome de todas as mães de crianças autistas da cidade, Joice criticou a posição da Secretaria Municipal de Educação, que, ao ser questionada sobre a transferência para outra unidade de ensino, alega falta de monitor. Segundo ela, a pasta ainda transfere para os pais a responsabilidade por encontrar um monitor adequado quando, na verdade, se trata de uma competência do Município. “Meu filho vai continuar prejudicado? A prefeitura e a secretaria têm que ter mais atenção com nossas crianças porque eles precisam de socialização. Se ponham mais nos nossos lugares: e se fosse os filhos deles passando por isso?”, criticou.