O estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) de 2022 mostrou que o desmatamento na Amazônia aumentou quase 57% durante o governo Bolsonaro, com um aumento de 150% de destruição das Terras Indígenas. Para o Instituto, o avanço do desmatamento na Amazônia ficou mais evidente durante a gestão de Bolsonaro, que organizou o enfraquecimento de órgãos de fiscalização, a falta de punição dos crimes ambientais e de combate e controle de atividades ilegais na região. São nessas causas que indigenistas, jornalistas e outros militantes pelos direitos humanos lutam dia após dia na Amazônia, com enfrentamento direto àquilo que a própria gestão federal defende. Foram por elas que companheiros como Bruno Pereira e Dom Phillips foram assassinados no Vale do Javari, região de maior tensão e ameaçada por grileiros, pescadores ilegais e traficantes de armas. Os órgãos e entidades federais competentes, como o Ibama, ICMbio e Funai deveriam controlar, preservar e proteger o desmatamento da Amazônia, mas o que vem acontecendo é o contrário. Constantes políticas de sucateamento dessas entidades pelo governo federal, geram consequências diretas no desmatamento e na invasão de TI por atividades ilegais. Por isso, de acordo com Alexandre Xandó (PT), vereador de Vitória da Conquista e pré-candidato a deputado federal, "é de extrema importância levar a pauta ambiental à tona nessas eleições”. “Houve o concurso para os órgãos, porém as vagas oficiais abertas são poucas em relação a vacância de cargos, que ultrapassam 3000 cargos no Ibama e 1600 cargos no ICMbio - para 560 aprovações no IBAMA e apenas 171 no ICMbio” afirma Xandó. Para o parlamentar, é preciso que todos os aprovados nos concursos que estão no cadastro de reserva sejam aprovados com urgência, ainda que ocupem apenas 1/3 das vagas que ainda sobram nas instituições.