Como acontece todo início de ano legislativo em mandatos do prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (Sem Partido), os vereadores de Brumado são colocados na berlinda diante da população da cidade. Desta vez, Vasconcelos enviou para a Câmara de Brumado três projetos polêmicos que serão apresentados e, de acordo com o regimento da casa, até votados nesta segunda-feira (21). Insistente e contra a vontade popular, Eduardo quer aprovar a qualquer custo o código de obras e urbanismo, a doação de um terreno público avaliado em R$ 5 milhões para a construção de um hospital particular e tornar obrigatório o ensino em tempo integral até às 17h, que hoje é facultativo até às 14h (veja aqui). Mais uma vez, a aprovação da pauta bomba estará nas mãos da presidente do poder legislativo, vereadora Verimar Dias da Silva Meira (PT), já que o placar de plenário deverá ser empatado, cabendo a petista o voto de minerva para o segmento das propostas enviadas pelo poder executivo. Meira tem recebido orientações, inclusive de dirigentes petistas, para a não aprovação dos projetos de Eduardo. Um membro histórico do PT pediu para Verimar colocar a mão na sua consciência para saber realmente representar a classe dos trabalhadores e o povo. “Você tem que ter a devida sensibilidade. Você é mulher, tem capacidade para isso. Então, você precisa se opor a esse projeto do prefeito. Ele gosta de ficar mandando as coisas de cima para baixo e nós somos o partido dos trabalhadores, companheira! Somos um partido democrático, somos um partido dos trabalhadores e das trabalhadoras. Não somos partido de elite não! Não fique dizendo amém para prefeito ditador não”, esbravejou um petista, sendo contrário a aprovação da obrigatoriedade do ensino integral até às 17h. Os projetos estarão em apresentação, mas, certamente, será pedida a retirada de parecer das comissões para a imediata votação em plenário, tática sempre utilizada pela bancada de situação do prefeito municipal. Vale ressaltar que apenas o projeto de lei para a doação de terreno para a construção de um hospital particular necessita de maioria absoluta, ou seja, 10 votos. Já a obrigatoriedade do ensino em tempo integral até às 17h e o código de obras e urbanismo passarão por maioria simples, com oito votos, sendo o voto de Verimar decisivo para as aprovações.