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'Trafigata de Curitiba' sofre atentado ao voltar de mercado e escapa de 20 tiros
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Camila Marodin, que ficou conhecida como 'trafigata de Curitiba', sofreu uma tentativa de assassinato na segunda-feira (31). As informações são do jornal o Globo. Ela, que cumpre prisão domiciliar e usa uma tornozeleira eletrônica, havia ido às compras em um mercado próximo a sua residência, no bairro do Alto Boqueirão. Camila, acompanhada de um amigo, identificado como Paulo, chegava em casa quando uma rajada de tiros foi executada de um carro de cor cinza, estacionado nas redondezas. Ela escapou das 20 balas disparadas, mas o homem ficou ferido e foi levado ao Hospital do Trabalhador. “É o que chamo de uma crônica de uma tragédia anunciada”, disse o advogado de Marodin, Cláudio Dalledone. Segundo Dalledone, a casa no Alto Boqueirão foi a terceira que Camila Marodin usou como residência desde que começou a cumprir prisão domiciliar, em meados de dezembro. As mudanças sucessivas de endereço teriam sido motivadas pela suspeita de que um cerco estaria se montando contra a mulher. Ela constantemente veria movimentações estranhas nas redondezas de onde morava, explicou o advogado. Marodin foi presa preventivamente no dia 12 de dezembro, em Matinho, no litoral paranaese, em uma operação da Polícia Militar, que investigava a quadrilha da qual ela faria parte. O Ministério Público do Paraná denunciou Camila por associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Dias antes, Camila viu o marido ser executado durante a festa de aniversário de um dos filhos do casal, em Pinhais. No episódio, quatro homens teriam disparado de um carro contra Ricardo Marodin, quando ele saiu do salão de festas onde o evento acontecia. Ele era suspeito de ter envolvimento no tráfico de drogas na região.  Segundo Dalledone, uma guerra na região teria se instaurado entre grupos que rivalizavam com o do marido de Camila. Ele aponta ainda que uma audiência marcada para o dia 9 de fevereiro pode ser a explicação para o atentado: “Algumas pessoas não querem a possibilidade dela falar”, disse o advogado. Em nota, a Polícia Civil do Paraná afirmou que está investigando o caso e realizando diligências para esclarecer os fatos e testemunhas estão sendo ouvidas. De acordo com o órgão, mais detalhes não serão repassados para não atrapalhar o andamento das investigações.

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