Muita gente costuma brincar que não sabe ‘se está vivendo ou só pagando imposto’, e com toda a razão: no Brasil, são cobrados quase vinte tipos de tributações diferentes, dentre as quais se destacam o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre todas as transações financeiras, e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para os donos de veículos. Mesmo com a manutenção do cenário de pandemia, a arrecadação tributária teve bons números neste ano, e a Bahia não foi exceção. O Impostômetro, indicador criado há mais de 15 anos pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), mostrou que do começo de 2021 até o fechamento desta edição os baianos já pagaram R$ 82,9 bilhões em tributos. A capital, Salvador, representa um terço desse montante, com R$ 27 bilhões arrecadados. Ainda com informações do Impostômetro, são 151 dias de trabalho apenas para pagar os impostos, tempo que não sofreu alterações com a pandemia da Covid-19. A ACSP já tinha projetado uma melhora na arrecadação para este ano, se comparado com o primeiro ano de crise sanitária, e o motivo principal é o retorno gradativo a um nível próximo da normalidade, ocasionado pela retomada das atividades comerciais. “Além de as atividades não estarem mais tão restritivas em seu funcionamento quanto estavam no pico da pandemia, na metade deste ano, o poder público também se mexeu para arrecadar mais”, disse a entidade responsável pelo Impostômetro.