O vice-presidente da Câmara de Vereadores de Brumado, Paulo César de Souza Ferreira (PCdoB), se contradisse em suas falas em relação ao boicote realizado pela base governista do prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB) na sessão legislativa da última segunda-feira (10), durante a qual seriam votadas a alteração do código de obras do município e a criação do imposto do lixo. Na ocasião, a presidente do legislativo, vereadora Verimar Dias da Silva Meira (PT), anunciou que estava contaminada com a Covid-19. Segundo apurou o site Achei Sudoeste, através do aplicativo de mensagens WhatsApp, Verimar havia dito que não teria conseguido contato com César para que ele se programasse e presidisse os trabalhos legislativos naquele dia. Instantes depois, Ferreira enviou um áudio pelo aplicativo dizendo que havia tentado contato por quatro vezes com Meira e ela não o havia atendido, assim como assessores do legislativo. “Da minha parte poderia ser hoje, não vejo problema nenhum em presidir a sessão, certo? Estamos sempre preparados para novos desafios”, disse, na oportunidade (segunda-feira à tarde). No mesmo dia à noite, em vídeo divulgado nas redes sociais, Paulo voltou atrás na sua fala sobre o cancelamento da sessão. De acordo com comunista, o cancelamento foi no intuito de “resguardar os próprios colegas” por conta de vereadores, inclusive ele, terem tido contato com Dias em um bar, após um evento com agricultores familiares (veja aqui) e que não teria tempo hábil em realizar o teste de Covid em todos. Pelo visto, o desejo de César em comandar os trabalhos legislativos foi passageiro, de igual modo a sua contradição para a não realização da sessão naquela oportunidade. De fato, ele perdeu a oportunidade de fazer história política, em ser presidente de uma sessão legislativa que poderia rejeitar projetos impopulares e que não vão trazer benefícios para a comunidade brumadense.