Tetracampeão mundial como jogador, técnico e coordenador da seleção brasileira, o alagoano Mario Jorge Lobo Zagallo, o Velho Lobo, completa 90 anos de vida nesta segunda-feira, 9. Entre as homenagens ao ícone do futebol nacional, um documentário lançado hoje no Youtube pela Fifa, entidade do futebol mundial, conta a trajetória de quase meio século de vínculo entre Zagallo com o escrete canarinho, seja como jogador ou no comando técnico. A obra conta com depoimentos de craques da bola dentro e fora de campo, como Pelé, Rivelino, Ronaldo Fenômeno, Carlos Alberto Parreira e o treinador português José Mourinho. As celebrações pelos 90 anos do Velho Lobo começaram ainda nas primeiras horas desta segunda (9). Afinal, a história de Zagalo e do futebol nacional estão interligados há quase meio século. Antes mesmo de sonhar em vestir a amarelinha, Zagallo foi fisgado pela seleção ao presenciar a derrota para o Uruguai, no Maracanã, na Copa do Mundo de 1950. Na ocasião, com 19 anos, Zagallo era militar na Polícia do Exército e foi recrutado para trabalhar na segurança nas arquibancadas do estádio. O desempenho no Flamengo, primeiro grande clube no qual Zagallo atuou como ponta esquerda, foi decisivo para ele ser convocado para a seleção que consquistou o segundo título mundial para o país, na Copa da Suécia (1958). O Velho Lobo também levantou a taça Jules Rimet em 1962 (Chile). Depois, como técnico do Brasil, faturou a Copa do México (1970) e, em 1994, já como coordenador técnico da seleção, foi tetra no Mundial nos Estados Unidos. Em depoimento ao documentário da Fifa, Pelé fez questão de ressaltar a importância de Zagallo para sua carreira. “Tenho de agradecer por tudo. Acho que 50% do que eu fiz pela seleção brasileira foi por culpa do Zagallo”. O Botafogo, primeiro time treinado por Zagallo assim que se aposentou dos gramados, também homenageou o Velho Lobo nas redes sociais, assim como Corinthians, e Portuguesa. “Minha paixão pela seleção brasileira começou mesmo antes que eu me tornasse jogador ou técnico. Eu já torcida pela seleção. As coisas foram acontecendo. O verde e amarelo jamais saiu da minha cabeça”, afirmou Zagallo no documentário da Fifa.