Um homem de 50 anos foi preso em flagrante nesta segunda-feira (02), em Itabela, no Sul da Bahia, por utilizar indevidamente o nome de produtores rurais para ganhar licitações em municípios. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito, que montou uma cooperativa que supostamente representaria estes produtores, aplicava o golpe desde 2013, porém as denúncias começaram a ser feitas há dois meses. A cooperativa tinha sede em Eunápolis, mas tinha como falsos representados agricultores de Vitória da Conquista, Ilhéus, Itabuna, Santa Luzia, Eunápolis, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália. Usando os dados das vítimas, o homem participava de processos licitatórios para o fornecimento de merenda escolar no interior da Bahia. Como, em tese, eram os produtores que estavam fornecendo os alimentos aos municípios, eles ficavam impedidos de fornecer seus produtos para os entes federativos. Além disso, tinham seus benefícios, como o Bolsa Família, bloqueados. Conforme o delegado da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis), o homem se valia do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), pelo qual os produtores de baixa renda têm prioridade no fornecimento para compor o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) para aplicar o golpe. Ele usava uma cooperativa, falsamente integrada pelas vítimas, para levar os municípios a erro e adquirir os produtos que deveriam ser fornecidos por produtores da agricultura familiar. Ainda de acordo com o delegado Moisés Nunes Damasceno, para criar e manter a cooperativa, o suspeito falsificou diversos documentos, incluindo assinaturas de seus supostos integrantes, e forjou assembleias e uma série de outros atos. Ele foi preso por falsidade ideológica, logo após se habilitar no processo licitatório em Itabela. O auto de prisão em flagrante foi lavrado na Delegacia de Furtos e Roubos de Eunápolis, onde já tramitava o inquérito policial que apura as denúncias.