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Advogado criminalista brumadense diz que decisão do STF a favor de Lula foi tardia
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta segunda-feira (8) todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato (veja aqui). Com a decisão, o ex-presidente Lula recupera os direitos políticos e volta a ser elegível. Para o advogado criminalista brumadense Maurício Vasconcelos, a decisão demorou entre 6 e 7 anos para ser tomada. “Desde o início da Lava Jato, todas as defesas alegavam, invariavelmente, que a Vara Federal de Curitiba, independente de ser ou não Moro o juiz, não tinha competência para julgar casos que tinham ocorrido no Rio de Janeiro e, teoricamente, em Brasília e São Paulo. Antes tarde do que nunca”, avaliou. O advogado pontuou que acredita que a decisão teve por finalidade esvaziar os habeas corpus que discutiam a suspeição do juiz Sérgio Moro. “O reconhecimento da suspeição de um magistrado talvez seja uma das coisas mais graves que pode acontecer no processo penal. O que eu espero do STF é que não considera prejudicado, ou seja, sem objeto, os habeas corpus impetrados em favor de Lula, em que se discute se Moro era ou não um juiz imparcial, se estava ou não combinando as suas decisões e sentenças com a Força Tarefa da Lava Jato. Em minha opinião, a Lava Jato transformou-se em um movimento político que culminou por tirar da disputa de 2018 o presidente da república que liderava todas as pesquisas, que era Lula”, destacou.

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