Informações pessoais de pacientes com diagnósticos suspeitos ou confirmados de Covid-19 ficaram disponíveis na internet por quase um mês depois que senhas do Ministério da Saúde foram publicadas em uma plataforma aberta, segundo o jornal “O Estado de S. Paulo” em uma reportagem publicada na quinta-feira (26). As senhas permitiam acesso a dados como CPF, endereço, telefone e doenças pré-existentes de pelo menos 16 milhões de pessoas em todo o país, segundo o jornal. As senhas estavam em uma planilha, de acordo com o “O Estado de S. Paulo”, que foi publicada por um funcionário do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em um site de compartilhamento de códigos de programação e arquivos chamado “GitHub”. Segundo o jornal, o Einstein disse que tinha acesso aos dados porque está trabalhando em um projeto com o Ministério da Saúde. O GitHub é como se fosse uma rede social usada por programadores e cientistas de dados para compartilhar códigos de programação e contribuir com projetos da área. O serviço também é utilizado pelos profissionais para guardar seus trabalhos, de forma privada, restrita para alguns colaboradores ou de forma pública. Procurado pelo “O Estado de S. Paulo”, o funcionário do Einstein confirmou que publicou a planilha com as senhas em seu perfil no GitHub. O intuito, segundo ele, era a realização de um teste na implementação de um modelo, porém esqueceu de remover o arquivo da página pública.