O desperdício de água tem sido um fator gerador de muitos problemas ambientais que o mundo vem enfrentando nas últimas décadas. Em Salvador e Região Metropolitana, estima-se que as ações fraudulentas envolvendo a utilização da água canalizada e tratada pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa) resultem no desvio de mais de 2 bilhões de litros de água, por mês. Em 2019, a empresa realizou fiscalização em mais de 54 mil imóveis suspeitos de fraude, sendo que, em 31% deles, a irregularidade foi confirmada. Segundo a Embasa, os índices de perda nos sistemas de abastecimento são calculados a partir da diferença entre o volume de água fornecido e a água que passa pelo hidrômetro dos imóveis. “Uma parte dessa água não contabilizada é efetivamente perdida, devido a vazamentos, por exemplo. Isso é chamado de ‘perda real’”, explicou. De acordo com o Tribuna da Bahia, contudo, o órgão explica, ainda, que existe uma parte dessa água não contabilizada que, mesmo sendo efetivamente consumida, não é registrada no hidrômetro (em decorrência de fraudes ou de submedição no hidrômetro), no que é conhecido como ‘perda aparente’. Vale lembrar que a Embasa considera fundamental o combate às perdas, tanto reais como aparentes. No caso das perdas reais, a empresa investe em ferramentas de medição e automação que identificam eventuais anormalidades no sistema, permitindo a detecção e correção precoce de vazamentos. De acordo com ela, também são realizadas intervenções para substituição de tubulações mais antigas ou que apresentem maior recorrência de vazamentos.