Um brasileiro de 34 anos infectado com o HIV em 2012 não mostra mais sinais do vírus há mais de um ano, após ter se submetido a uma terapia experimental. A pesquisa conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) foi apresentada nesta terça, 7, na 23.ª Conferência Internacional de Aids, o maior congresso sobre o tema do mundo. Trata-se do terceiro caso na história em que a eliminação do HIV é descrita, mas, se for confirmado, será a primeira vez em um adulto que não passou por transplante de medula óssea ou células-tronco. De acordo com a Veja, o paciente estava tomando uma combinação de três medicamentos padrão que suprimiam o vírus. Desde 2015, no entanto, passou a receber novas medicações, o dolutegravir e o maraviroc, e uma forma de vitamina B3. A ideia, basicamente, é aumentar a capacidade do sistema imunológico de eliminar o vírus. O trabalho foi coordenado pelo infectologista Ricardo Diaz, diretor do Laboratório de Retrovirologia do Departamento de Medicina da Unifesp. A notícia é excelente, mas ainda é muito cedo para se falar em cura da doença. O vírus, em tese, pode ressurgir e o mesmo sucesso não ser repetido em um grupo considerável de pessoas. Na mesma conferência, foi anunciado um estudo importante na prevenção: uma injeção de um remédio experimental que mostrou melhores resultados que o Truvada.