A pedido do Ministério Público Federal (MPF), em Vitória da Conquista, o ex-deputado federal Coriolano Sales, e mais cinco pessoas - seu assessor parlamentar, Weliton Carvalho, e os empresários Darci José Vedoin, Luiz Antônio Trevisan Vedoin e Ronildo Pereira de Medeiros - foram condenados por apropriação de recursos públicos federais destinados à saúde. O esquema de desvio de verba ficou conhecido como Operação Sanguessuga, deflagrada pela polícia federal com o objetivo de investigar uma organização criminosa especializada no fornecimento fraudulento de unidades móveis de saúde para prefeituras municipais do país. Segundo a denúncia, o ex-deputado federal recebia propina dos empresários para aprovação de emendas parlamentares orçamentárias direcionadas à aquisição de unidades móveis de saúde para diversos municípios do estado. Após aprovar as emendas, o processo de licitação para compra das unidades era fraudado e os recursos eram apropriados pelos condenados. Os réus tiveram os direitos políticos suspensos por oito anos e foram proibidos de contratar com o poder público por dez anos. Coriolano e seu assessor ainda foram condenados a perda solidária de R$ 17.540, pagamento solidário de R$ 5 mil, e mais R$ 5 mil por dano moral coletivo. Os condenados já entraram com recurso para reverter a decisão.