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Pedido de impeachment de Jair Bolsonaro é protocolado na Câmara dos Deputados
Foto: Carolina Antunes/PR

A alegação, sem provas, de uma possível fraude nas eleições 2018; a convocação às manifestações do último domingo (15);declarações 'indecorosas' contra jornalistas e a determinação de comemoração ao Golpe Militar de 1964 são algumas das justificativas apontadas pelo deputado do Distrito Federal, Leandro Grass (Rede), em um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro (sem partido), protocolado na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (17). No pedido, Grass afirma Bolsonaro “nunca escondeu de ninguém o seu desapreço pelo trabalho, pela ética e pela coisa pública. Destratou parlamentares, mulheres e jornalistas e foi alvo de denúncias sobre funcionários fantasmas. Manifestou-se diversas vezes em favor da Ditadura Militar de 1964, inclusive tecendo loas a Carlos Alberto Brilhante Ustra, quando votava no processo de impedimento da Presidente Dilma Rousseff”. Diz ainda que “ao sentar na cadeira da Presidência, o denunciado parece se sentir invencível, inviolável, irresponsável. E assim o age desde então, ensejando na prática de uma série de crimes”. No texto de apresentação, Grass compara o momento atual ao contexto que baseou o impeachment de Dilma Rousseff. À época, escreve, “os denunciantes destacavam que o país vivia uma enorme crise moral, atualmente, essa crise só aumenta, sem que os governantes de ocasião tenham capacidade para enfrenta-la, sobretudo pela inabilidade e incapacidade do denunciado”.  O pedido pontua ainda o posicionamento do presidente em relação à pandemia do coronavírus. “Por fim, e não menos sem importância, mesmo tendo estado com diversas pessoas que estão com o coronavírus, o Presidente, que deveria estar isolado, cumprindo a quarentena de quem esteve em contato com pacientes já diagnosticados, sai de sua residência, lançando mão de recursos públicos, porquanto usou carro oficial, sendo protegido por seguranças, para, de forma absolutamente negligente e criminosa, porque não, compareceu à manifestação convocada para achacar os Poderes Constituídos, sendo um potencial vetor de transmissão da doença”.

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