A preocupação gerada pelas dívidas em atraso provoca impacto negativo nos relacionamentos familiares e amorosos, tira o sono e aumenta ou reduz o apetite, entre outras consequências. Agora, uma pesquisa comprovou também os efeitos no trabalho. Funcionários endividados ou que têm preocupações com dinheiro produzem, em média, 15% menos do que seus colegas. É o que revelou o estudo “The Employer's Guide to Financial Wellbeing 2018-19”, feita no Reino Unido, com mais de dez mil trabalhadores. Para especialistas, os colaboradores podem desenvolver doenças como depressão e síndrome do pânico. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostram que 62,6 milhões de pessoas — o que representa quase 41% da população adulta — estão com as contas atrasadas. Segundo o levantamento, os endividados são 8,8 vezes mais propensos a ter insônia e têm 7,6 vezes mais chances de não terminarem suas tarefas diárias, além de terem uma probabilidade 5,7 vezes maior de terem problemas com colegas no ambiente de trabalho. A preocupação com as contas em aberto é maior entre os que têm até 44 anos. De acordo com o jornal Extra, os funcionários endividados têm cinco vezes mais chances de serem deprimidos e quatro vezes mais possibilidades de sofrerem ataques de pânico.