O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse em entrevista a Agência Brasil que, com as prisões dos mensaleiros efetuadas neste ano, a Corte rompeu a tradição em que parlamentares não eram presos. Apesar da mudança significativa, Barbosa ressaltou que isso não significa o fim da corrupção. “Desde que demonstrada a violação de normas penais, não há por que criar exceções para A, B ou C, em função dos cargos que exercem. Esta é a novidade deste ano: rompimento com uma tradição longa”, reforçou o presidente. Em junho, o Supremo determinou a prisão do deputado federal afastado Natan Donadon (sem partido-RO), condenado há 13 anos, quatro meses e dez dias de prisão pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. No dia 15 de novembro, Barbosa decretou a prisão de 17 condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Entre eles, estavam os deputados Pedro Henry (PP-MT), José Genoino (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), que renunciaram ao mandato. Na manhã de hoje (19), a última sessão do Supremo, antes do recesso Judiciário, foi realizada. Os trabalhos serão retomados em fevereiro.