Os avanços da imunoterapia no tratamento de câncer vêm ganhando força no meio científico. O método se baseia no estímulo do próprio sistema imunológico para combater os tumores. Recentemente, uma técnica criada ainda no século XIX pelo médico William Coley para o desenvolvimento de uma vacina imunológica foi resgatada por pesquisadores da empresa canadense MBVax Bioscience, que criaram uma nova versão da vacina. Entre 2007 e 2012, a empresa vacinou cerca de 70 pessoas em estágio avançado de câncer, incluindo pacientes com melanoma (pele), linfoma (sistema linfático) e tumores malignos de mama, próstata e ovário. Os tumores encolheram em 70% dos pacientes, e 20% entraram em remissão. Diversos grupos de pesquisa ao redor do mundo vêm desenvolvendo vacinas a partir de bactérias combinadas e também das mais novas tecnologias disponíveis. De acordo com o G1, uma pesquisa das universidades de Stanford, Califórnia e Massachusetts consegue gravar imagens da resposta do sistema imunológico ao câncer de pulmão em um camundongo. Com isso, eles conseguem ver tanto como o tumor cresce ou encolhe quanto os detalhes de como e por que isto acontece. Antes disso, os pesquisadores não conseguiam ver o que de fato ocorria no corpo, então eles eram incapazes de identificar por que algumas terapias não funcionavam. Nos últimos dez anos, cientistas também têm observado células imunológicas e cancerosas utilizando sofisticadas tecnologias de microscopia. Eles aprenderam que as experiências em culturas de laboratório nem sempre conseguem imitar o que ocorreria no corpo. Os avanços têm sido significativos.