Estudo publicado recentemente concluiu que os cigarros eletrônicos são mais eficazes para ajudar na desistência do cigarro convencional do que outros produtos para reposição de nicotina, como adesivos e chicletes. No entanto, a utilização do produto pode trazer sérios perigos para a saúde, como convulsões, revelou alerta publicado nesta quarta-feira pela FDA – agência americana responsável por regular medicamentos. No comunicado, a entidade informou que houve um ligeiro aumento no número de relatos sobre cigarros eletrônicos estarem envolvidos em episódios de convulsões desde junho do ano passado. As manifestações envolveram principalmente adolescentes e jovens e ocorreram logo depois de alguns tragos ou até um dia após o uso. “Ainda não podemos dizer com certeza que os cigarros eletrônicos estão causando essas convulsões. [Mas] estamos compartilhando essas informações precoces com o público porque, como uma agência de saúde pública, é nosso trabalho comunicarmos possíveis problemas de segurança associados aos produtos que regulamos e que estão sob investigação científica da agência”, explicou Scott Gottlieb, representante da FDA, em nota. Segundo a agência, foram identificados 35 casos entre 2010 e o início de 2019 – tornando-se motivo para apreensão. Embora o relatório esclareça que vários casos de convulsão tenham ocorrido em indivíduos com histórico da condição ou com usuários que associaram outras substâncias, como maconha e anfetamina, ao uso do cigarro eletrônico, a FDA ressaltou que episódios convulsivos são efeitos colaterais muito conhecidos do envenenamento por nicotina, que também pode causar vômitos e lesões cerebrais.