As buscas do Corpo de Bombeiros e das forças de segurança por desaparecidos após a quebra da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, chegaram ao 19º dia nesta terça-feira, 12, com 333 pessoas compondo o efetivo, entre bombeiros de Minas Gerais e de outros estados, militares da Força Nacional de Segurança e voluntários. Segundo a relação oficial, 155 pessoas seguem desaparecidas, entre funcionários da mineradora Vale e terceirizados e integrantes das comunidades atingidas pelo rompimento, enquanto 165 mortos foram confirmados. Segundo a Veja, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais já admitiu que, com o passar do tempo, será mais difícil localizar todos os corpos. “A quantidade de rejeito envolvida, o tamanho da área afetada pela tragédia, o fato de os corpos estarem muito espalhados, tornam algumas recuperações realmente impossíveis pela questão biológica”, explicou o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. O caminho legal para resolver esse problema pode ser o da chamada “morte presumida”, processo administrativo em que o óbito é atestado mesmo sem um corpo – e é necessário para que os familiares possam levar adiante questões como herança ou pedidos de pensão junto ao Instituto Nacional do Seguro Social, além de eventual indenização da mineradora.