O trabalho intermitente, que permite que a empresa contrate o funcionário apenas pelo tempo em que precisa dele, teve saldo de 50.009 postos de trabalho em 2018, segundo o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira, 23. O saldo equivale a 9,4% das vagas criadas no ano passado, quando foram abertos 529.554 novos postos com carteira assinada. O contrato intermitente é uma das novidades da reforma trabalhista, que foi implantada em novembro de 2017. Nessa modalidade, o trabalhador recebe por hora trabalhada assim que for convocado pelo empregador. Ou seja, no fim do mês pode ganhar menos de um salário-mínimo ou mesmo não receber nada por não ter sido convocado para o trabalho. Segundo Mário Magalhães, diretor de Emprego e Renda do Ministério da Economia, apesar do Caged não conseguir medir o quanto dos contatos intermitentes estão efetivamente estão gerando renda, o dado revela que as empresas estão lançando mão da nova modalidade trabalhista para compor seus quadros de funcionários. “As empresas não contratam apenas por contratar, elas tem intenção de utilizar a mão de obra”, afirmou. Do saldo de empregos do ano, 21.859 postos foram criados pelo setor de Serviços, equivalente a 43,7% do total. 12.272 vagas foram abertas pelo Comércio, 8.393 pela Construção Civil e 6.434 pela postos na Indústria de Transformação.