Indagado pelo site Achei Sudoeste a respeito do posicionamento do governo estadual, que solicitou da União uma ajuda de R$ 61 milhões anuais para manutenção das unidades das policlínicas regionais, o prefeito de Brumado, Eduardo Lima Vasconcelos (PSB), se disse desacreditado que o governador Rui Costa (PT) atenda ao anseio da microrregião brumadense de construir a unidade local. O gestor culpou o seu antecessor, Aguiberto Lima Dias (PDT), e aos demais prefeitos que se acomodaram no período quente para consolidação do consórcio regional de saúde, entre os anos de 2013 e 2016, e não se alinharam para a concretização da aliança regional. Com isso, segundo ele, Brumado foi ficando a revelia diante do governo estadual. “A coisa errada veio lá de trás, do meu antecessor, perderam o tempo e, agora, do orçamento que existia para o projeto, restou apenas a raspa do balde. Então, quem levou, levou, quem não levou, não leva mais”, destacou. O prefeito ainda argumentou que algo parecido aconteceu com o presídio, que Brumado seria o primeiro da lista a receber a unidade prisional, porém a câmara da época atendeu aos clamores dos moradores da Lagoa Funda e da Vila Presidente Vargas, que não aceitaram o empreendimento nas proximidades das comunidades, retardando assim o processo.

Dessa forma, a unidade brumadense foi a última da lista de 11, já concluída há mais de dois anos, sem ser utilizada pela força da justiça, ficando apenas como um elefante branco no meio do mato. Do ponto de vista do prefeito brumadense, faltou entendimento dos vereadores, que, no final das contas, aprovaram o presídio quase que dentro da sede do município, onde atualmente está sendo construído um novo condomínio. “Olha os cabeças de bagre que tomam a decisão, e eu pergunto pra que servem?”, indagou o alcaide acerca do parlamento que na época criou o impasse da localização do presídio. Vale ressaltar que, dentro daquela formação, estava o atual vice-prefeito, Édio Pereira, o Continha. O gestor também criticou a atual legislatura, que não entendeu a necessidade de aprovar a atualização da arrecadação do IPTU, e do que ele classifica como IPTU ecológico. Para o prefeito, sem a atualização do imposto predial, o município ficará estagnado em sua arrecadação, o que irá gerar um efeito devastador aos cofres públicos e muito afetará a saúde financeira da cidade. “Só posso lamentar”, pontuou.