Quase um terço dos brasileiros que ingressaram em cursos de graduação em 2017 optaram pelo via do ensino a distância. É o que mostram os resultados do último Censo da Educação Superior, divulgados hoje pelo Ministério da Educação. Segundo os dados, só neste último ano, o acesso à formação superior não-presencial subiu 27% – o maior aumento já registrado na série histórica, que começou há uma década – nos cursos convencionais, só para comparar, o acréscimo foi de 0,5%. O Brasil tem hoje quase 1,8 milhão de alunos matriculados em cursos de graduação a distância, um quinto do total. A flexibilidade de horário e o preço mais baixo são apontados como os principais motores do crescimento vertiginoso do Ensino a Distância (EAD) no Brasil. “Cursos online são a solução para quem precisa conciliar trabalho e estudo”, diz o especialista Cláudio de Moura Castro, articulista da Revista Veja, que destaca também a regularização da modalidade como catalisador do aumento. Em maio do ano passado, o MEC publicou uma portaria possibilitando o credenciamento de instituições de ensino superior para cursos de EAD sem a exigência de aulas presenciais, o que ampliou substancialmente a oferta de vagas nesta alternativa de graduação. A educação tecnológica, mais voltada para a inserção no mercado de trabalho, foi especialmente beneficiada pela decisão: mais de 46% das matrículas na área já são a distância.