Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o deputado federal José Rocha (PR) foi taxativo em se posicionar contrário às conversas de bastidores que correm nos corredores do Congresso Nacional e visam reajustar os salários dos parlamentares para R$ 38 mil. “Totalmente incoerente. Não é momento de se falar de aumento para parlamentares, ministros ou magistrados. Temos é que cortar na própria carne. O congresso tem uma gordura muito grande que precisa ser cortada”, asseverou. O deputado ponderou, em seguida, que o congresso produz pouco diante do número elevado de parlamentares. “Temos um número excessivo de parlamentares. O país não necessita de 503 deputados e a casa funcionaria bem melhor com apenas dois terços desse efetivo”, afirmou o deputado baiano, que, ao final, refletiu acerca do momento delicado da economia, tendo a crise política como principal elemento do estado crítico em que se encontram os cofres da nação. Para ele, ao invés de falar em aumento de salários para a classe política, o congresso deveria repensar o país, com vistas a mais investimentos para a educação.

Nos bastidores do Congresso Nacional, são ventiladas conversas de se elevar os salários dos deputados e senadores que serão empossados em 2019. Segundo o Jornal Estado de São Paulo, a ideia é passar o teto constitucional de R$ 33,7 mil para R$ 38 mil. Caso seja confirmado, o salto será de R$ 4,3 mil, valor do auxílio moradia. O último aumento no salário dos parlamentares ocorreu em 2014 - na ocasião, os salários eram de R$ 29,4 mil. Vale ressaltar que, caso seja aprovada a proposta que ainda circula nos corredores do Congresso, por tabela de porcentagem, também serão elevados os salários dos deputados estaduais e dos vereadores nas câmaras municipais.