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Estudo: Remédio contra leucemia para o SUS é pouco eficaz
Foto: iStock

Apesar da polêmica, o Ministério da Saúde vai manter o processo de compra de um medicamento apontado por especialistas como pouco eficaz para tratar crianças com leucemia. A pasta anunciou que a compra do L-asparginase, produzido por um laboratório chinês, será mantida para atender pacientes de hospitais do SUS. Já instituições credenciadas e hospitais filantrópicos receberão verba para adquirir os remédios que acharem mais convenientes. De acordo com a Veja, nesta semana, estudo do Centro Infantil Boldrini, hospital filantrópico especializado em oncologia de Campinas, indicou que o L-asparginase não tem qualidade para uso em humanos. O trabalho foi publicado na revista EBioMedicine. “O produto tem eficácia comprometida e seu uso é uma imperícia ética e moral”, diz a presidente do Centro Boldrini, Silvia Brandalise. O L-asparginase é comprado desde 2013 pelo governo para pacientes com leucemia mieoloide aguda. O remédio substituiu o asparginase, fabricado por uma indústria alemã. O resultado do estudo de Campinas é questionado pelo ministério. Segundo a pasta, o trabalho foi feito com um pequeno número de camundongos e as conclusões obtidos não podem ser aplicadas para humanos. Silvia discorda. “Não há como fazer o teste em humanos, por questões éticas. Sobretudo porque resultados foram ruins com animais.”

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