Os dados atualizados da Vigilância Epidemiológica (Vigep), publicados pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), colocam Brumado em zona de risco para a ocorrência de uma tríplice epidemia de dengue, zika e chikungunya devido ao alto índice de infestação do mosquito aedes-aegypti. De acordo com o relatório do primeiro ciclo de coletas do ano, na estatística geral, o município está com infestação predial do mosquito em 3,07. Os números são ainda mais alarmantes em dois dos bairros mais populosos da cidade: no São Félix e adjacências, os dados coletados apontam 9,42 de infestação; já no Bairro Dr. Juracy, o índice chega a 10,58. Os números mostram uma quantidade descontrolada do mosquito, seja em estado de larva, pupa e ou em estado alado. Com o tempo quente e as chuvas das últimas semanas, os índices foram elevados, favorecendo ainda mais a proliferação do mosquito. Vale ressaltar que os dados foram coletados apenas na sede, pois, com poucos agentes de endemias no setor, há anos a Vigep não tem realizado a coleta e supervisão nas comunidades rurais. 

Em nota enviada o site Achei Sudoeste, a Sesau cobra mais atenção e dá dicas de ações preventivas nos combate ao aedes-aegypti. Apesar disso, a secretaria não tem dado a devida atenção aos agentes de endemias e aos agentes comunitários de saúde no que se refere aos trabalhos de campo, visto que há anos os profissionais não recebem novos uniformes. Muitos, inclusive, estão sendo obrigados a utilizarem roupas comuns para trabalhar, tendo como identificação apenas o crachá. Por conta disso, em muitos casos, eles acabam sendo impedidos por alguns moradores de entrar nas residências. Sem uniformes e protetores solares, os agentes, que são a base de entrada dos recursos da saúde na cidade, acabam realizando um trabalho superficial.