Nos últimos meses, tem aumentado as reclamações das famílias assistidas pela Operação Pipa nas comunidades rurais do município de Brumado no que se refere à nova postura de atendimento nas localidades. O Exército decidiu cortar a entrega da água de residência em residência e adotou a política de despejar a água em uma casa denominada central de abastecimento em cada comunidade. A medida gerou várias queixas e cobranças por parte dos vereadores na Câmara Municipal. O assunto também não tem agradado a Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário Charles Granger relatou que, em algumas situações, idosos são obrigados a se deslocar mais de 500 metros até a central de abastecimento. “São pessoas com muitas limitações que já tiveram uma vida sofrida ao longo dos anos e agora estão sendo obrigados a voltar a carregar latas d’água nas cabeças para não ficaram sem o precioso líquido. Estamos tentando resolver isso com o Exército, mas, infelizmente, ultimamente, o Exército não tem atendido ao município para tratar do assunto”, disse o secretário, desaprovando o que classificou como uma imposição que tem dificultado a vida dos ruralistas. O município tenta incluir 17 comunidades rurais que não são assistidas pela Operação Pipa. O secretário se reunirá com as equipes da defesa civil na próxima semana, em Salvador, para tratar da questão.